auxiliar a ajudar uma senhora idosa a levantar-se

Como tornar o acompanhamento de idosos a consultas num momento tranquilo e seguro

Um dia foram eles que nos seguraram a mão nas consultas, que nos acalmaram os medos e trataram de tudo por nós. Hoje, os papéis invertem-se e é a nossa vez de estar lá. Acompanhar um idoso ao médico é tão mais do que um gesto prático: é um ato de cuidado, de respeito e de gratidão.   Este artigo é, então, para quem cuida: com presença, com paciência e com amor. Reunimos dicas simples e práticas para tornar as consultas médicas mais tranquilas e seguras para quem já cuidou tanto de nós. Pontos-chave do artigo Acompanhar um idoso ao médico é um gesto de cuidado, apoio emocional e segurança. Preparar a consulta com antecedência ajuda a identificar sintomas e esclarecer dúvidas. Durante a consulta, é importante tomar notas, fazer perguntas e garantir que tudo fica compreendido. O transporte deve ser feito com conforto e segurança, respeitando as limitações do idoso. Existem serviços profissionais que podem apoiar quem não consegue acompanhar presencialmente. Porque é tão importante acompanhar um idoso nas consultas médicas? Com o passar dos anos, é natural surgirem mais consultas, exames e tratamentos. Mas também é comum aparecerem receios: medo de más notícias, vergonha de partilhar certos sintomas ou até dificuldades em perceber o que o médico diz.   Muitas vezes, o idoso sente-se perdido no meio de tanta informação. Pode não se lembrar do nome de um medicamento, esquecer-se de sintomas importantes ou simplesmente não conseguir expressar bem o que sente. Ter alguém ao lado dá segurança, ajuda a organizar ideias e garante que nada fica por dizer ou por compreender. Antes da consulta: preparar com tempo e empatia A preparação começa bem antes de sair de casa. Deixamos-lhe algumas sugestões simples que fazem toda a diferença:   Conversar com calma. Uns dias antes, pergunte como se tem sentido. Há algo que o preocupa? Alguma dor nova? Esta conversa deve ser feita num momento tranquilo, sem pressas nem distrações Tomar nota dos pontos importantes. Anote os sintomas, dúvidas, reações aos medicamentos e qualquer outro detalhe relevante. Também é útil fazer uma lista das perguntas a fazer ao médico Organizar os documentos. Leve sempre o cartão de cidadão, o cartão do SNS ou seguro de saúde, lista de medicação atual (com dosagens) e relatórios ou exames recentes. DPOC em Portugal: o peso dos números e o alerta dos especialistas Antes mesmo da consulta começar, a forma como o idoso é transportado pode fazer toda a diferença. Assegurar conforto e segurança no trajeto é um gesto de cuidado que transmite tranquilidade desde o primeiro momento.   Verificar se o idoso precisa de ajuda para entrar e sair do carro Evitar horas de maior trânsito ou calor, garantindo que a viagem é tranquila Usar sempre cinto de segurança e, se necessário, almofadas ou suportes de apoio Levar água e medicação, caso a espera se prolongue Se não tiver possibilidade de o levar, pondere recorrer a serviços profissionais de transporte de doentes não urgentes. Durante a consulta: ser presença e apoio A consulta médica pode ser curta, por isso tem de ser eficaz. E o papel do acompanhante é garantir que tudo corre da melhor forma e que todas as questões são abordadas:   Estar atento e tomar notas. Escrever o que o médico diz ajuda a recordar mais tarde e evita confusõesAjudar na comunicação. Se o idoso não perceber alguma coisa, pedir ao médico que explique de outra forma. Não há vergonha nenhuma nisso. Aliás, é um direito. Fazer perguntas, se necessário. “Para que serve este medicamento?”, “Vai causar efeitos secundários?”, “Há alternativas?”. São dúvidas legítimas que merecem resposta clara Confirmar que tudo ficou bem compreendido. Antes de sair, é importante repetir o que ficou combinado: medicação, exames a fazer, cuidados a ter. O médico pode até escrever as instruções, se for preciso. Depois da consulta: continuar o cuidado em casa A consulta não termina quando se sai do consultório. A seguir, é tempo de:   Rever as anotações e explicar com calma. Relembrar o que foi dito, reforçar os cuidados a ter e ajudar a planear os passos seguintes Acompanhar a toma da medicação. Verificar se foi compreendido como e quando tomar os medicamentos, e se há interações com outros produtos (incluindo suplementos ou chás) Marcar os próximos exames ou consultas. E guardar tudo num local acessível, para manter o registo atualizado. E se não puder acompanhar? Existem alternativas seguras? Nem sempre é possível estar presente. Por motivos de trabalho, distância ou outros compromissos, há momentos em que o idoso pode precisar de apoio profissional.   Nesse caso, vale a pena considerar serviços especializados de transporte e acompanhamento de doentes não urgentes, como os prestados pela Ambula. Estes serviços asseguram a deslocação segura e confortável, assim como podem incluir apoio no próprio consultório, para garantir que o idoso não está sozinho e que a informação médica é corretamente transmitida à família ou cuidador principal. A presença que faz a diferença Estar presente numa consulta é muito mais do que estar sentado ao lado. É ouvir, perguntar, acolher. É ajudar o idoso a sentir-se respeitado, ouvido e confiante. Porque, muitas vezes, é no apoio silencioso e atento que se faz a maior diferença.   Se tiver um familiar que começa a faltar às consultas, que sai confuso ou que parece mais inseguro com os cuidados de saúde, talvez o que ele precise seja mesmo de alguém que o acompanhe (não apenas fisicamente, mas emocionalmente também).   No fundo, é isto que todos procuramos em momentos de vulnerabilidade: saber que não estamos sozinhos. E, quando se trata de cuidar dos mais velhos, cada gesto conta. Partilhar:

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pulmão com doença pulmonar obstrutiva crónica

DPOC: a tosse que não deve ser ignorada

Sabia que há cerca de 800 mil pessoas com DPOC em Portugal e que 7 em cada 10 nem sequer sabem que têm a doença?   É que os sinais, muitas vezes, parecem apenas cansaço do dia a dia: uma tosse persistente, falta de ar ao subir escadas, o peito que aperta com o frio. O corpo vai resistindo, até que respirar já não é tão simples assim. E é nesse momento que se descobre a DPOC – uma doença invisível, mas real, que precisa de ser reconhecida antes que avance em silêncio. Pontos-chave do artigo A DPOC é uma doença respiratória crónica e progressiva que afeta cerca de 800 mil pessoas em Portugal Tosse persistente, falta de ar e cansaço são sintomas comuns, mas muitas vezes ignorados A principal causa é o tabagismo, embora a exposição a poeiras, fumos e fatores genéticos também possa contribuir O diagnóstico é feito com espirometria, mas 70% dos casos continuam por identificar Não tem cura, mas pode ser travada com tratamento adequado, reabilitação respiratória e mudanças no estilo de vida A prevenção, o diagnóstico precoce e o acompanhamento são essenciais para melhorar a qualidade de vida. DPOC: o que é? Não é uma doença única, mas sim um “guarda-chuva” que junta duas condições respiratórias crónicas: a bronquite crónica e o enfisema pulmonar. Ambas causam obstrução das vias respiratórias, dificultando a passagem do ar e tornando a respiração um verdadeiro esforço.   A obstrução não desaparece por si e vai piorando com o tempo, sobretudo se não for diagnosticada e acompanhada. Mas nem tudo são más notícias: com o tratamento certo e algumas mudanças no estilo de vida, é possível viver melhor com DPOC. Causas e fatores de risco A grande vilã tem nome conhecido: tabaco. Fumar, durante anos, é a principal causa de DPOC. Mas há mais fatores a ter em conta:   Exposição a poeiras, fumos e produtos químicos, especialmente em ambientes de trabalho Poluição do ar, sobretudo em meios urbanos Fumo das lareiras, comum em casas mal ventiladas em zonas rurais Infeções respiratórias frequentes na infância Histórico familiar ou deficiência genética (como a ausência da proteína alfa-1-antitripsina, rara mas relevante). Importa reforçar: nem todos os fumadores têm DPOC, mas quanto mais tempo e quantidade se fuma, maior é o risco. E, claro, quem já tem asma ou outras doenças respiratórias está ainda mais vulnerável. DPOC: sintomas A DPOC instala-se devagar, muitas vezes silenciosamente. Por isso, os primeiros sintomas são facilmente desvalorizados. Mas há sinais a que se deve estar atento:   Tosse crónica, seca ou com expetoração (frequentemente associada ao tabaco e por isso ignorada) Pieira (um som agudo ao respirar) Sensação de aperto no peito Falta de ar (dispneia), primeiro ao esforço, depois até em repouso Cansaço constante e limitação nas atividades diárias Em fases mais avançadas: ansiedade, emagrecimento, infeções respiratórias frequentes e até coloração azulada dos dedos (sinal de falta de oxigénio). Como é feito o diagnóstico? A progressão é lenta, mas contínua, e é por isso que identificar o problema cedo faz toda a diferença. O exame mais usado para confirmar o diagnóstico é a espirometria – um teste simples, mas essencial, que mede a quantidade de ar que os pulmões conseguem inspirar e expirar. Também pode ser complementada com:   Raio-X ou TAC torácica (para detetar enfisema e excluir outras doenças) Análises de sangue e gasometria arterial (para medir os níveis de oxigénio e dióxido de carbono) Avaliação da deficiência genética de alfa-1-antitripsina, em casos suspeitos.   Se há tosse persistente, expetoração, cansaço e histórico de tabagismo ou exposição a agentes irritantes, vale sempre a pena marcar uma consulta com um pneumologista. DPOC em Portugal: o peso dos números e o alerta dos especialistas Apesar de afetar cerca de 800 mil pessoas em Portugal, a DPOC continua largamente desconhecida pela população. Estima-se que 70% dos casos estejam por diagnosticar, o que significa que muitos doentes não recebem acompanhamento nem tratamento adequado. E isto tem consequências sérias: só em 2022, as doenças respiratórias causaram mais de 12 mil mortes no país, e os especialistas alertam que podem vir a tornar-se a principal causa de morte até ao final da década.   Este cenário levou à criação de várias iniciativas de sensibilização e investigação, como o Fórum Saúde Respiratória 2025, que defende uma resposta integrada à crise das doenças respiratórias, e o novo estudo nacional promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela AstraZeneca Portugal, que vai ajudar a traçar o perfil clínico e terapêutico dos doentes com DPOC em Portugal. O objetivo é claro: melhorar o diagnóstico precoce, personalizar os cuidados e garantir uma resposta mais justa e acessível à população. DPOC GOLD: o que é e como se mede? A classificação GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) é usada internacionalmente para avaliar o grau de obstrução e orientar o tratamento e ajuda os médicos a escolher o plano terapêutico mais adequado para cada doente. Baseia-se nos resultados da espirometria e divide a DPOC em quatro estágios:   GOLD 1 (Ligeira): sintomas leves, poucos impactos na vida diária GOLD 2 (Moderada): mais falta de ar, limitações ao esforço físico GOLD 3 (Grave): maior limitação funcional e risco de exacerbações GOLD 4 (Muito grave): sintomas constantes e risco de insuficiência respiratória. Tratamento da DPOC A DPOC não tem cura, mas tem tratamento. E quanto mais cedo for iniciado, maiores são os benefícios. Medidas fundamentais Parar de fumar. É o passo mais importante e o único que pode travar a progressão da doença; Evitar ambientes poluídos ou com fumos tóxicos Vacinação anual contra a gripe e pneumococos, para prevenir infeções Fisioterapia respiratória e reabilitação pulmonar, que ajudam a recuperar a capacidade física e respiratória. Medicamentos disponíveis Broncodilatadores (inaladores de curta ou longa duração): ajudam a abrir as vias respiratórias e facilitam a respiração Corticosteróides inalados, que reduzem a inflamação e previnem crises Antibióticos, quando há infeções respiratórias Oxigenoterapia, nos casos em que os níveis de oxigénio estão baixos Ventilação não invasiva (com máscara), em situações mais graves.

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idoso a fazer um puzzle

Como reconhecer e enfrentar as fases da demência com respeito e ternura

Sabia que mais de 200 mil pessoas sofrem de demência em Portugal?   Falar de demência é falar de uma caminhada difícil, para quem vive com a doença e para quem cuida. Aos poucos, a memória começa a falhar, os comportamentos mudam, e o dia a dia deixa de ser o mesmo. É duro, confuso, por vezes até injusto.   Mas saber o que esperar pode fazer a diferença. Porque, mesmo quando tudo parece desorganizar-se, há formas de cuidar com mais calma, mais presença e menos medo. Pontos-chave do artigo A demência é um conjunto de sintomas que afeta a memória, o raciocínio e o comportamento, e que se agrava ao longo do tempo Existem vários tipos de demência, sendo os mais comuns: Alzheimer, demência vascular, demência com corpos de Lewy e demência frontotemporal Cada tipo de demência tem manifestações diferentes, mas geralmente evoluem por três fases: inicial, moderada e avançada Identificar os primeiros sinais e conhecer as fases ajuda a preparar melhor o apoio à pessoa com demência O diagnóstico precoce, os estímulos cognitivos e o ambiente de apoio podem abrandar a progressão da doença Apoiar alguém com demência exige adaptação constante, empatia e, muitas vezes, apoio especializado. O que é a demência? A demência não é uma doença específica, mas sim um termo usado para descrever um conjunto de sintomas que afetam o cérebro. Falamos de perdas progressivas de memória, dificuldade em pensar, comunicar, tomar decisões ou até reconhecer rostos e lugares familiares. Estes sintomas interferem com a autonomia da pessoa e tornam, aos poucos, o dia-a-dia mais desafiante.   Em Portugal, estima-se que os casos de demência possam duplicar até 2080, ultrapassando os 450 mil casos (quase 5% da população) segundo um estudo do CIDIFAD. Este aumento está diretamente ligado ao envelhecimento da população, tornando ainda mais urgente a aposta na prevenção, no diagnóstico precoce e no apoio às famílias.   Perante este cenário, é importante conhecer melhor a doença e compreender como se manifesta. Existem vários tipos de demência, mas todos têm um ponto em comum: são doenças progressivas. Tal significa que os sintomas começam de forma leve e agravam-se com o tempo. Quais são os primeiros sinais de demência? Os primeiros sinais de demência podem ser subtis – tão subtis que muitas vezes se confundem com “coisas da idade” ou simples cansaço. Mas há comportamentos e esquecimentos que, quando se tornam frequentes, merecem atenção.   Alguns dos sinais mais comuns incluem:   Esquecimentos recentes, como repetir perguntas ou esquecer onde pôs objetos Dificuldade em encontrar palavras ou seguir uma conversa Desorientação no tempo e no espaço, mesmo em locais familiares Alterações de humor ou comportamento, como irritabilidade, apatia ou desconfiança injustificada Menor capacidade para planear ou tomar decisões simples, como preparar uma refeição ou pagar contas. Estes sinais não significam, por si só, que se trata de demência, mas são um alerta importante para procurar avaliação médica. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais cedo se pode atuar para abrandar a progressão e garantir melhor qualidade de vida.   Para mais informações e apoio, pode consultar a Alzheimer Portugal, uma das principais referências nacionais na área. Os quatro tipos mais comuns de demência Nem todas as demências são iguais. Enquanto umas começam com esquecimentos aparentemente inofensivos, outras manifestam-se por mudanças de personalidade ou por episódios de alucinação.   Conhecer os diferentes tipos de demência é um passo importante para compreender melhor o que se passa com a pessoa que vive com a doença… e até para evitar julgamentos precipitados. Doença de alzheimer É a forma mais comum de demência. Afeta, sobretudo, a memória e começa, muitas vezes, com esquecimentos aparentemente inofensivos. Com o tempo, vai comprometendo a linguagem, o raciocínio e a capacidade de reconhecer pessoas ou lugares. Demência vascular Provocada por problemas de circulação no cérebro, como AVCs ou pequenos derrames. Os sintomas dependem da zona afetada e a progressão pode ser feita aos “saltos”, ou seja, a pessoa pode piorar subitamente após um novo episódio vascular.   O tempo de vida com demência vascular depende da gravidade dos acidentes vasculares cerebrais anteriores, das comorbilidades e da rapidez com que o declínio cognitivo se instala. Em média, após o diagnóstico, a esperança de vida pode variar entre 5 e 10 anos, mas com grandes variações entre pessoas. Demência com corpos de Lewy Caracteriza-se por oscilações no estado de atenção, alucinações visuais, tremores e rigidez muscular. Pode ser confundida com o Parkinson, mas o declínio cognitivo surge mais cedo. A memória pode até estar preservada nas fases iniciais. Demência frontotemporal Afeta as regiões frontal e temporal do cérebro, o que significa que os primeiros sinais nem sempre estão ligados à memória. Em vez disso, o que se nota mais cedo são mudanças de comportamento, impulsividade, dificuldade em comunicar ou até perda de empatia.   Foi este o tipo de demência diagnosticado ao ator Bruce Willis, um caso que trouxe maior visibilidade à doença e mostrou ao mundo o impacto real que pode ter, mesmo em pessoas ainda relativamente jovens. Fase inicial (ligeira) Nesta fase, os sinais podem passar despercebidos ou ser confundidos com o envelhecimento natural. A pessoa continua relativamente autónoma, mas começam a notar-se mudanças subtis. O que é comum nesta fase:   Esquecimentos frequentes, sobretudo de acontecimentos recentes Dificuldade em encontrar palavras certas ou acompanhar uma conversa Desorientação em locais menos familiares Alterações de humor ou apatia Perda de iniciativa ou interesse por hobbies Pequenos erros no manuseamento de dinheiro ou em tarefas domésticas simples. Fase intermediária (moderada) Aqui, os sintomas tornam-se mais evidentes e passam a interferir no dia-a-dia. A pessoa começa a precisar de ajuda com tarefas básicas e a perda de autonomia é mais notória.   Nesta fase podem surgir:   Esquecimentos constantes, mesmo de acontecimentos importantes Desorientação no tempo e no espaço Dificuldade em vestir-se ou preparar refeições Confusão com rostos de familiares ou amigos Alterações de comportamento (agressividade, desconfiança, repetição de palavras) Problemas de linguagem e compreensão Início de incontinência urinária. Fase avançada (grave) É a

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filho a beijar as mãos de mãe idosa em ato de carinho

Depressão no idoso: a dor invisível que não devemos ignorar

Ficar mais calado, perder o interesse pelas pequenas coisas ou afastar-se das pessoas de quem se gosta… À primeira vista, pode parecer “coisa da idade”. Mas, muitas vezes, é mais do que isso. A depressão nos idosos existe – e nem sempre se vê à primeira. Os sinais podem ser discretos, confusos, até silenciosos. Mas o impacto é real e profundo.   Tantas vezes confundida com o “normal” do envelhecer, que acaba por ficar escondida. Mas não devia. Porque o sofrimento é real e tratar a depressão pode devolver sentido, prazer e até esperança a quem já achava que os melhores dias tinham ficado para trás. Pontos-chave do artigo A depressão não é uma consequência natural do envelhecimento e pode passar despercebida nos idosos Os sintomas nem sempre incluem tristeza — podem surgir como dores físicas, apatia ou isolamento Fatores como solidão, doenças crónicas e perda de autonomia aumentam o risco O diagnóstico precoce e o tratamento adequado (medicação, psicoterapia e apoio social) melhoram significativamente a qualidade de vida Prevenir passa por promover um estilo de vida ativo, saudável e com ligação à comunidade Existem linhas de apoio disponíveis para quem precisa de ajuda ou orientação. O que é, afinal, a depressão na terceira idade? A depressão não é apenas uma fase de tristeza, nem um sinal de fraqueza. É uma perturbação emocional profunda que afeta a forma como a pessoa pensa, sente e vive. E quando surge na terceira idade, pode ser ainda mais difícil de reconhecer, tanto para quem sente, como para quem está por perto.   Muitas vezes, não se manifesta com lágrimas ou palavras tristes, mas sim com silêncios prolongados, dores sem causa, cansaço constante ou uma apatia que vai tomando conta dos dias. Em vez de dizerem que estão tristes, muitos idosos dizem apenas que estão cansados, que têm dores ou que já não têm paciência para nada. É por isso que tantos sintomas acabam por ser confundidos com o “normal” do envelhecer – e passam despercebidos. Quais são os países que mais sofrem com a depressão? Um estudo do DREES, com base no Inquérito Europeu de Saúde por Entrevista (EHIS) de 2019, revelou que França tinha, antes da pandemia, a maior taxa de depressão da Europa, com cerca de 11% da população afetada.   Já Portugal apresentou uma das taxas mais elevadas de depressão crónica, segundo o Eurostat, com 12,2% da população a reportar sintomas, ultrapassado apenas pela Eslovénia. Mais recentemente, um relatório da OCDE, de 2023, reforça que Portugal está entre os países com níveis mais altos de ansiedade e depressão na União Europeia. Porque é que a depressão atinge tantos idosos? A verdade é que o envelhecimento traz mudanças profundas: a perda de amigos ou do parceiro de vida, a reforma, o isolamento social, o aparecimento de doenças crónicas ou a sensação de que já não se “pertence” ao mundo ativo. Tudo isto pode afetar profundamente a saúde mental.   Em Portugal, de acordo com dados analisados até 2023, estudos indicam que cerca de 15% dos idosos podem ter sintomas depressivos. E este número sobe para 30% em ambientes de institucionalização, como lares ou hospitais.   É também mais comum entre mulheres mais velhas e entre idosos com múltiplos problemas de saúde. Mas não é inevitável. E não deve ser ignorado. Sintomas de depressão no idoso: o que observar Os sinais nem sempre são os clássicos e há também casos em que a depressão se confunde com demência, sobretudo quando há esquecimentos, lentidão no raciocínio e desorientação.   Eis alguns dos sintomas mais comuns na terceira idade:   Isolamento social e falta de interesse em estar com outras pessoas Fadiga constante ou falta de energia Dores físicas sem explicação médica Insónia ou excesso de sono Perda ou aumento significativo de peso Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões Sentimentos de culpa ou inutilidade Pensamentos recorrentes sobre a morte. Quais são os principais fatores de risco? A depressão na terceira idade raramente tem uma causa única. Muitas vezes, nasce do acumular de perdas, mudanças e silêncios. É o corpo que enfraquece, a solidão que cresce, a vida que abranda. São fatores biológicos, psicológicos e sociais que, juntos, tornam os dias mais difíceis de enfrentar. Nos idosos, os mais comuns são:   Perda do cônjuge ou de amigos Reformar-se e perder o propósito ou rotina Viver sozinho ou com pouco apoio familiar Problemas económicos ou dificuldades em manter a autonomia Doenças crónicas como diabetes, AVC ou doenças cardíacas Uso prolongado de certos medicamentos História prévia de depressão. Como diagnosticar e tratar a depressão no idoso? A boa notícia? Sim, a depressão tem tratamento, mesmo nos idosos. O primeiro passo é reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica. O diagnóstico é clínico, feito através da avaliação dos sintomas e, por vezes, com o apoio de escalas validadas para a população idosa. Depois, o tratamento pode passar por: Medicação antidepressiva, sempre ajustada à idade e às outras condições de saúde Psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental, que tem mostrado bons resultados Atividade física regular, que ajuda a libertar hormonas ligadas ao bem-estar Socialização e participação em atividades, para quebrar o isolamento Intervenção familiar e comunitária, essencial para criar um ambiente de apoio e segurança. Em casos mais graves ou resistentes, pode considerar-se o recurso a terapias como a eletroconvulsiva (TEC) ou a estimulação magnética transcraniana. Prevenção: pequenas mudanças que fazem a diferença É possível prevenir (ou pelo menos reduzir) o risco de depressão na terceira idade. Como? Através de hábitos e rotinas saudáveis:   Incentivar a prática regular de exercício físico, mesmo que leve Manter uma alimentação equilibrada Criar rotinas que incluam momentos de prazer, convívio e propósito Fomentar a participação em atividades culturais, recreativas ou de voluntariado Acompanhar regularmente a saúde física e mental.   O mais importante? Estar presente. Ouvir. Validar os sentimentos. E agir perante sinais de alerta. Como ajudar um idoso com depressão? Ajudar um idoso com depressão começa com algo simples, mas essencial: estar presente. Muitas vezes, o maior gesto é

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idosos a fazer exercício no parque

Sarcopenia: como travar a perda muscular silenciosa

Com o passar dos anos, há algo que acontece de forma quase invisível no corpo humano: os músculos começam a perder massa e força. Esta condição tem um nome – sarcopenia – e afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente a partir dos 60 anos. Mas saiba que há muito que se pode fazer para travar e, até, reverter. E tudo começa por conhecê-la melhor. Pontos-chave do artigo A sarcopenia é a perda progressiva de massa e força muscular, mais comum a partir dos 60 anos Pode afetar a mobilidade, o equilíbrio e a capacidade de realizar tarefas do dia a dia Sedentarismo, má alimentação e doenças crónicas são fatores que contribuem para a sua evolução É possível travar ou até reverter a sarcopenia com exercício físico regular e uma dieta rica em proteína Suplementos como proteína whey, vitamina D ou creatina podem ser úteis em alguns casos Manter um estilo de vida ativo é a melhor forma de prevenir esta condição e preservar a autonomia com o passar dos anos. O que é a sarcopenia? É uma doença progressiva caracterizada pela perda de massa muscular, força e desempenho físico. Embora seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, o processo começa muito antes, por volta dos 30 ou 40 anos o corpo já inicia, lentamente, a perda de músculo. A partir dos 65, essa perda tende a acelerar.   Na prática, o que acontece é que os músculos vão ficando mais pequenos e fracos. E isso não significa apenas que se perde força para abrir um frasco ou carregar sacos de compras. A sarcopenia afeta a mobilidade, o equilíbrio, e a capacidade para realizar tarefas básicas do dia a dia, como levantar-se da cadeira, subir escadas ou caminhar com segurança. Quais são os sintomas? Os sinais da sarcopenia afetam diretamente a autonomia da pessoa, podendo levar à perda de independência, e, em casos mais graves, ao risco de quedas, fraturas e internamentos. Podem aparecer de forma discreta, mas vão-se tornando cada vez mais evidentes com o tempo. Os mais comuns incluem:   Fraqueza muscular constante Cansaço mais rápido durante atividades normais Dificuldade em subir escadas ou levantar-se de uma cadeira Marcha mais lenta e menor resistência física Perda de equilíbrio e quedas frequentes Redução visível do volume dos músculos, especialmente nos braços e pernas. O que causa a sarcopenia? O envelhecimento é o principal culpado, mas não é o único. Vários fatores contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia:   Sedentarismo: a falta de atividade física é um dos maiores aliados da perda muscular Má alimentação: uma dieta pobre em proteínas e nutrientes essenciais enfraquece os músculos Doenças crónicas: como diabetes, insuficiência renal, artrite, cancro ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) Inflamação crónica: o corpo em “modo de alerta constante” pode degradar tecidos musculares Alterações hormonais: como a queda da testosterona ou da hormona do crescimento Obesidade: especialmente quando associada à sarcopenia (obesidade sarcopénica), pode agravar o quadro Imobilização: estar de cama por períodos prolongados, mesmo por motivo de doença ou recuperação. Como se diagnostica? Não existe um único teste para diagnosticar a sarcopenia. Normalmente, começa-se por avaliar os sintomas através de um questionário simples, chamado SARC-F, que mede a dificuldade em fazer movimentos básicos do dia a dia (levantar-se, andar, subir escadas, etc.). Depois, podem ser feitos testes como:   Força de preensão (medida com um dinamómetro manual) Teste da cadeira (ver quantas vezes a pessoa consegue levantar-se sem usar os braços) Teste da marcha (avaliar a velocidade a caminhar) Análises de composição corporal, como o DEXA ou BIA, que medem a quantidade de músculo no corpo. Qual o tratamento da sarcopenia? A boa notícia é que a sarcopenia pode ser tratada e até revertida, principalmente se for detetada nas fases iniciais. As principais estratégias passam por mudanças simples no estilo de vida: 1. Movimento é essencial O exercício físico é a arma mais poderosa contra a sarcopenia. O ideal é praticar treino de força (como levantar pesos, usar bandas elásticas, fazer agachamentos) e também exercícios aeróbicos como caminhar. Duas a quatro sessões por semana já podem fazer a diferença. 2. Comer bem é tão importante como mexer-se Uma dieta equilibrada, rica em proteínas de qualidade (carne, peixe, ovos, leguminosas, laticínios) é fundamental para reconstruir e manter os músculos. Com o passar dos anos, o corpo precisa de mais proteína para o mesmo efeito, por isso vale a pena reforçar o consumo. 3. Suplementos podem ajudar Em alguns casos, pode ser benéfico incluir suplementos como:   Proteína whey Leucina (um aminoácido que estimula a síntese muscular) Vitamina D (especialmente se houver défice) Creatina (para aumentar a força e energia) Ómega-3 (ajuda a reduzir inflamações) Colagénio e magnésio, para o suporte do tecido muscular e articulações. Mas atenção: os suplementos devem ser sempre usados com orientação de um profissional de saúde. Sarcopenia ou atrofia muscular: qual a diferença? A atrofia muscular é um termo mais geral e significa a perda de massa muscular por várias razões, que podem acontecer em qualquer idade. A sarcopenia é uma forma específica de atrofia muscular associada ao envelhecimento e ao declínio da função muscular. Como prevenir a sarcopenia? É possível envelhecer com força, mobilidade e independência, e tudo começa com pequenos gestos no dia a dia. Manter os músculos ativos e bem nutridos faz toda a diferença.   Um estudo longitudinal publicado pela revista Ageing International, em 2025, analisou dados do UK Biobank e concluiu que a prática regular de atividade física de intensidade moderada a vigorosa reduz significativamente o risco de desenvolver sarcopenia em adultos de meia-idade.   O estudo destaca que apenas atividades de intensidade leve não apresentam o mesmo efeito protetor.   Eis, então, algumas dicas práticas:   Mexer-se todos os dias, nem que seja com caminhadas Fazer treinos de força adaptados à idade e condição física Ter uma alimentação rica em proteína e nutrientes Evitar o tabaco e o álcool em excesso Dormir bem e manter uma boa hidratação Consultar o médico com regularidade. Se

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ALS (doença): o que é, sintomas e tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica

Quando Stephen Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), disseram-lhe que teria apenas alguns anos de vida. Viveu mais de 50. A ALS, como também é conhecida, é uma doença degenerativa rara que afeta os músculos e tira, aos poucos, a capacidade de andar, falar, engolir ou respirar. Venha connosco, aprender um pouco mais sobre esta condição. Pontos-chave do artigo A ALS (ou ELA) é uma doença neurológica degenerativa rara e progressiva que afeta os músculos e compromete funções como andar, falar ou respirar Os sintomas surgem de forma gradual e variam, mas incluem fraqueza muscular, dificuldades na fala e na deglutição, entre outros Ainda não existe cura, mas há tratamentos que ajudam a abrandar a progressão e a melhorar a qualidade de vida O diagnóstico é clínico e exige a exclusão de outras doenças, sendo geralmente demorado O apoio familiar e o acompanhamento por equipas multidisciplinares são fundamentais ao longo de todo o processo A investigação científica tem registado avanços promissores, como novas terapias genéticas, imunológicas e tecnologias de apoio à comunicação. O que é a ALS? É uma doença neurológica degenerativa que afeta os neurónios motores, que são as células nervosas responsáveis por enviar mensagens do cérebro e da medula espinal para os músculos. Quando estes neurónios deixam de funcionar, os músculos perdem a capacidade de contrair-se corretamente e começam a enfraquecer.   Com o tempo, funções tão simples como andar, falar, engolir ou respirar tornam-se cada vez mais difíceis. E é por isso que a ALS é considerada uma doença degenerativa progressiva; vai-se agravando com o tempo e afeta de forma crescente a autonomia da pessoa. Diferença entre ALS e ELA ALS e ELA são, na prática, a mesma coisa. A sigla ALS (do inglês Amyotrophic Lateral Sclerosis) é mais usada internacionalmente. Em Portugal, o termo mais comum é ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica. Ambos se referem à mesma condição neurológica. Causas da ALS A verdade é que ainda não se sabe ao certo o que provoca a ALS. Na maioria dos casos, a doença surge sem aviso e sem histórico familiar. Apenas cerca de 5 a 10% dos casos têm origem genética.   Estão a ser estudadas possíveis ligações com fatores ambientais como exposição a toxinas, tabagismo ou até serviço militar, mas não há, até agora, uma explicação clara ou uma causa identificável na maioria dos casos.   Sabemos que é mais comum em homens, geralmente a partir dos 60 anos, e que a sua evolução é muito variável de pessoa para pessoa. Estima-se, ainda, uma prevalência de três a cinco casos por cada 100 mil pessoas. Quais são os primeiros sintomas da ALS? Os sintomas do ELA podem começar de forma subtil, mas ganham força com o tempo. Os primeiros sinais costumam aparecer nas mãos, pernas ou na fala. Apesar de a maioria manter as capacidades mentais intactas, há doentes que desenvolvem também formas de demência associadas.   Alguns dos sintomas mais frequentes:   Fraqueza muscular nas pernas ou nos braços Dificuldade em andar, segurar objetos ou escrever Atrofia muscular (músculos que diminuem de volume) Espasmos e cãibras frequentes Fala arrastada ou dificuldade em articular palavras Dificuldade em engolir Aumento de saliva Cansaço extremo Alterações emocionais ou cognitivas (em alguns casos). Como diagnosticar a ALS? O diagnóstico da doença de ALS é clínico, o que significa que depende da avaliação dos sintomas e da exclusão de outras doenças. Não existe um único exame que confirme a ELA de forma imediata. Normalmente, o neurologista realiza:   Exame neurológico detalhado Eletromiografia (para analisar a atividade elétrica dos músculos) Ressonância magnética Análises ao sangue e à urina Biópsias musculares ou nervosas, em alguns casos. Infelizmente, todo o processo pode demorar, o que atrasa o início dos tratamentos de suporte. ALS tem cura? Qual é o tratamento? Até ao momento, a ALS não tem cura, mas existe medicação que pode ajudar a abrandar a progressão da doença e a preservar algumas funções durante mais tempo. Os resultados variam de pessoa para pessoa, mas o objetivo passa sempre por proporcionar conforto, aliviar sintomas e manter a autonomia o máximo possível. O tratamento exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que pode envolver:   Fisioterapia e terapia ocupacional Terapia da fala Apoio nutricional (e, em muitos casos, alimentação por sonda) Ventilação não invasiva, quando a respiração fica comprometida Equipamentos de apoio à mobilidade e comunicação. Ao longo de todo o processo, é fundamental contar com uma equipa especializada: médicos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, nutricionistas, psicólogos, cuidadores e outros profissionais que ajudam a ajustar o plano de cuidados às necessidades de cada pessoa. Apesar de ainda não existir uma cura, a investigação científica tem avançado a passos largos. Em 2023, foi aprovado nos EUA o primeiro tratamento direcionado a uma mutação genética associada à ELA – o gene SOD1 – uma forma hereditária da doença, representando um marco na medicina personalizada (Mass General Brigham). Também estão a ser estudadas abordagens inovadoras, como a imunoterapia com anticorpos monoclonais, que poderá ajudar a retardar a progressão da doença (OHSU). Outro avanço notável deu-se na área da tecnologia assistiva: um implante cerebral experimental permitiu a um doente com ELA recuperar a capacidade de comunicação através de uma interface cérebro-computador, atingindo uma velocidade de até 32 palavras por minuto (Reuters). Qual a expetativa de vida de pessoas com ALS? A expectativa de vida média após o diagnóstico varia entre dois a cinco anos, embora existam exceções. O físico Stephen Hawking, por exemplo, viveu décadas com a doença.   Tudo depende da velocidade de progressão e das áreas do corpo inicialmente afetadas. A forma bulbar, que afeta logo a fala e a deglutição, tende a evoluir mais rapidamente.   A insuficiência respiratória é a principal causa de morte nos casos mais avançados. Por isso, investir em tratamentos de suporte logo no início pode fazer uma grande diferença na qualidade e no tempo de vida da pessoa com ELA. Viver com ALS: o papel da família e dos cuidadores Receber um diagnóstico de ALS é um momento

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Direitos do Paciente: saiba o que pode (e deve) exigir nos serviços de saúde

Estar doente, seja por um motivo simples ou mais grave, nunca é fácil. Numa situação de fragilidade, o mínimo que qualquer pessoa merece é ser tratada com respeito, empatia e dignidade. Em Portugal, felizmente, os direitos do paciente estão bem definidos e protegidos por lei, mas nem sempre são conhecidos por quem mais precisa deles. Quais são os direitos do paciente em Portugal? Estes direitos estão previstos na Lei n.º 15/2014, na Lei de Bases da Saúde, na Carta dos Direitos do Doente Internado, entre outros diplomas legais. Aqui ficam os principais, em formato simples:   Direito à dignidade, respeito e não-discriminação Direito à prestação de cuidados de saúde adequados, atempados e de qualidade Direito à informação clara, objetiva e acessível sobre o estado de saúde Direito a aceitar ou recusar exames, tratamentos ou intervenções Direito a obter uma segunda opinião médica Direito à assistência espiritual e religiosa Direito ao acompanhamento por familiar ou pessoa indicada Direito à privacidade em todos os atos clínicos Direito à confidencialidade de dados clínicos e pessoais Direito de acesso ao processo clínico Direito a apresentar sugestões, reclamações ou denúncias Direito à continuidade de cuidados após alta hospitalar Direito à liberdade individual, salvo exceções legais. A Carta de Direitos do Paciente: o que é? A famosa Carta dos Direitos do Doente, aprovada pelo Ministério da Saúde, reúne um conjunto de princípios que garantem que cada pessoa seja respeitada enquanto utente do sistema de saúde. Muitos destes direitos estão consagrados na Constituição da República Portuguesa, na Lei de Bases da Saúde, e em documentos internacionais, como a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.   Pode consultar a versão publicada pela Ordem dos Médicos ou no website do SNS24. Direito de acesso à informação clínica e à proteção de dados Estar internado pode ser angustiante e, por isso, os direitos do paciente hospitalizado incluem cuidados especiais:   Instalações adaptadas ao conforto e bem-estar do doente Direito à intimidade e tranquilidade, incluindo durante os cuidados de higiene ou repouso Informação clara sobre os serviços do hospital (refeições, visitas, apoio espiritual, etc.) Proibição de discriminação com base em idade, género, etnia ou religião Direito a visitas, sempre que a situação clínica o permita.   No caso das crianças, vigora também a Carta da Criança Hospitalizada, que garante, entre outras coisas, a presença contínua dos pais. Direitos do paciente oncológico As pessoas com diagnóstico de cancro enfrentam desafios muito específicos. Os direitos do paciente oncológico incluem:   Acesso a cuidados de saúde especializados e humanizados Respeito pelas emoções, medos e decisões do doente Acompanhamento adequado em todas as fases da doença Apoio psicológico e social Possibilidade de receber cuidados paliativos com conforto e dignidade E, em muitos casos, direito a transporte gratuito para os tratamentos, como consultas, quimioterapia ou radioterapia, especialmente quando o doente está debilitado ou sem meios próprios de deslocação. Direitos do paciente terminal Quando um doente se encontra numa fase terminal, o foco passa a ser o conforto, o bem-estar e o respeito pela sua vontade.   Os direitos do paciente terminal incluem:   Receber cuidados paliativos adequados Ser acompanhado por quem quiser Ter controlo sobre decisões de tratamento Direito à tranquilidade, privacidade e ambiente acolhedor. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão.   É obrigatório em situações como:   Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica.   Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão. É obrigatório em situações como: Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão. É obrigatório em situações como: Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Partilhar:

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Segunda opinião médica: o seu direito de decidir com confiança

O médico explicou-lhe tudo com calma mas, mesmo assim, ficou no ar aquela sensação de incerteza… Será mesmo isto? Será que existe outra opção? Se já sentiu este nó na barriga, fique a saber que tem todo o direito de procurar uma segunda opinião. Não é falta de confiança. Não é desrespeito. É cuidado. É querer decidir com clareza sobre o que mais importa: a sua saúde. Afinal, o que é uma segunda opinião médica? É exatamente o que parece: ouvir outro médico. No fundo, é pedir a um segundo especialista que analise o seu caso, reveja o diagnóstico ou o tratamento proposto e lhe dê a sua perspetiva.   Pode ser através de uma nova análise do historial clínico, pedidos de exames adicionais ou, simplesmente, uma conversa franca e esclarecedora.   O Direito a uma segunda opinião médica é um dos direitos fundamentais do paciente e está previsto na Carta dos Direitos e Deveres do Doente, o que significa que qualquer pessoa pode e deve usá-lo sempre que sentir necessidade. Quando pedir uma segunda opinião médica? A verdade é que não há um momento “certo” igual para todos. Mas há situações onde este passo pode fazer toda a diferença:   O diagnóstico não foi claro ou pareceu incerto Está perante uma doença grave, rara ou terminal Tem várias opções de tratamento e não sabe qual seguir Não está a responder ao tratamento atual Sente que não foi ouvido na primeira consulta A proposta de tratamento parece demasiado invasiva, experimental ou arriscada O médico não é especialista na sua condição específica Ou, simplesmente… ainda tem dúvidas.   Também há casos em que o próprio médico pode sugerir procurar outra opinião e isso deve ser visto como um sinal de profissionalismo, não como motivo de preocupação. Como pedir uma segunda opinião médica? Antes de mais, respire fundo: não está a ofender ninguém ao querer confirmar um diagnóstico. É o seu corpo, a sua saúde, a sua decisão. Eis alguns passos que podem ajudar:   Fale abertamente com o médico que o acompanha. Diga que está a pensar procurar outra opinião para se sentir mais seguro. Muitos médicos compreendem e até ajudam nessa procura Recolha toda a documentação médica. Exames, análises, relatórios clínicos, prescrições, tudo pode ser útil. Se não tem esses documentos, peça-os à clínica ou hospital. Este é outro direito do paciente, garantido por lei – tem o direito de aceder à sua informação clínica sempre que necessitar Escolha bem o segundo especialista. Pode pedir recomendações ao seu médico de família, ao seguro de saúde (muitos incluem esta cobertura), procurar em clínicas especializadas ou, até, recorrer a associações de doentes Na nova consulta, seja claro. Explique que está à procura de uma segunda opinião. No início, pode até optar por não partilhar logo a primeira avaliação, para garantir uma visão isenta. Depois, já com tudo em cima da mesa, compare os pareceres. O que perguntar na consulta? Vá preparado. Ter uma lista de perguntas ajuda a não esquecer nada importante. E lembre-se: não há perguntas “parvas” quando o que está em causa é a sua saúde. Algumas perguntas que pode fazer:   Qual é exatamente o meu diagnóstico? Há outras opções de tratamento? Quais são os riscos e benefícios de cada uma? O que acontece se não fizer nada por agora? Recomendaria o mesmo tratamento a alguém da minha família? E se as opiniões forem diferentes? Como decidir? E quando os médicos não dizem o mesmo? Acontece mais vezes do que se imagina e pode ser desconcertante. O importante é manter a calma e olhar para os dois pareceres com espírito crítico. Deixamos-lhe algumas dicas para ajudar na decisão:   Compare os argumentos: qual das opiniões lhe parece mais bem fundamentada? O médico explicou-lhe os porquês de forma clara? Avalie o grau de confiança: com quem se sentiu mais confortável e bem informado? A relação de confiança conta, e muito! Consulte fontes adicionais: pode ler sobre o tema em websites de saúde credíveis, falar com associações de doentes ou, até, procurar uma terceira opinião Fale com os dois profissionais: partilhe as opiniões divergentes e veja se algum deles reavalia o parecer. Às vezes, esse diálogo pode levar a um consenso.   No fim, o mais importante é sentir-se seguro e bem informado para tomar a melhor decisão para si E se for preciso ir ao estrangeiro? Se se tratar de uma doença rara, grave ou que exija tratamentos que não existem em Portugal, pode pedir uma segunda opinião médica internacional. Muitos seguros de saúde já oferecem esta possibilidade, incluindo apoio para as despesas de deslocação e estadia. Por isso, verifique o que o seu plano cobre – pode abrir portas importantes. Precisa de apoio para ir à consulta? Conte com a Ambula! Se está a planear pedir uma segunda opinião médica e precisa de ajuda para se deslocar com conforto e segurança, a Ambula está preparada para o acompanhar em todo o processo. Porque cuidar da saúde também passa por garantir que chega onde precisa, com tranquilidade. Partilhar:

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Vitamina D em falta? Saiba para que serve e como garantir níveis saudáveis

É conhecida como a “vitamina do sol” e não é por acaso. Uma simples caminhada ao ar livre, com a pele exposta ao sol, é suficiente para que o corpo comece a produzi-la. Mas… sabe para que serve afinal a vitamina D? E, para além do sol, sabe onde encontrá-la em outras fontes naturais? Se tem essas dúvidas, este artigo é para si. Vamos a isso? O que é a vitamina D? É uma vitamina lipossolúvel (ou seja, que se dissolve na gordura – lípidos) que o próprio corpo consegue produzir quando é exposto ao sol. Também pode ser obtida através da alimentação e, em alguns casos, por suplementos.   O curioso? Apesar de ser chamada de vitamina, a D comporta-se mais como uma hormona, porque está envolvida em várias funções importantes no organismo, desde a saúde dos ossos ao sistema imunitário. Para que serve a vitamina D? Esta vitamina tem um papel muito mais abrangente do que se pensa. Eis os principais benefícios da vitamina D:   Ajuda na absorção de cálcio e fósforo, dois minerais fundamentais para manter ossos e dentes fortes Contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário Apoia o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças Tem ação anti-inflamatória e antioxidante Pode ajudar a prevenir doenças como osteoporose, infeções respiratórias, diabetes, problemas cardiovasculares e até depressão.   Um estudo publicado recentemente reforça que níveis adequados desta vitamina ajudam a prevenir fraturas e osteoporose, especialmente em pessoas mais velhas. Outro trabalho científico analisou o papel da suplementação de vitamina D em pessoas com maior fragilidade muscular e os resultados mostraram melhorias na força e menor risco de complicações. Onde encontrar vitamina D? A vitamina D pode ser obtida de três formas: sol, alimentação e suplementos. E aqui entra uma questão importante: apesar de Portugal ser um país solarengo, mais de metade da população tem défice de vitamina D. Curioso, certo?   Um estudo publicado na Archives of Osteoporosis, com mais de 3 mil participantes, concluiu que dois em cada três portugueses têm níveis insuficientes de vitamina D, mesmo no verão – sendo a situação ainda mais crítica nos Açores, onde afeta 82% da população. Ou seja, mesmo num país com tanto sol, a deficiência de vitamina D afeta a maioria da população e está presente em todas as faixas etárias.   Perante estes números, importa perceber como é que se pode garantir uma boa dose desta vitamina no dia a dia. Exposição solar É a principal forma de produção de vitamina D. Bastam cerca de 15 a 20 minutos por dia de exposição solar (sem protetor solar) em zonas como rosto, braços ou pernas. Mas claro, sempre com bom senso, nada de exageros, para evitar os riscos de excesso de sol. Alimentos com vitamina D Nem todos os alimentos têm vitamina D, mas há alguns que se destacam. Os melhores exemplos são:   Peixes gordos (salmão, atum, sardinha, cavala, arenque) Óleo de fígado de bacalhau Gema de ovo Fígado Cogumelos (sobretudo os expostos ao sol) Lacticínios e cereais fortificados. Suplemento de vitamina D: sim ou não? Depende. Em certos casos, os suplementos de vitamina D são recomendados por profissionais de saúde, sobretudo para:   Pessoas com pouca exposição solar Idosos Grávidas Crianças até aos 12 meses Quem tem doenças que dificultam a absorção da vitamina Pessoas com défice confirmado em análises. Mas atenção: a vitamina D é lipossolúvel, o que significa que o excesso pode acumular-se no organismo. Por isso, a suplementação deve ser sempre acompanhada por um profissional de saúde. Níveis demasiado elevados podem causar problemas como hipercalcemia e complicações renais. Como tomar vitamina D? A melhor altura para tomar vitamina D é junto de uma refeição com gordura, já que se trata de uma vitamina lipossolúvel, o corpo absorve melhor quando há gordura presente. Se o médico recomendar um suplemento, a toma pode ser feita de várias formas:   Diariamente: em gotas, cápsulas ou comprimidos De forma espaçada: semanal ou mensal, dependendo da dose.   Em adultos, considera-se que níveis acima dos 20 ng/mL no sangue são adequados. Abaixo disso, há risco de insuficiência ou défice. Sintomas de défice de vitamina D? É possível ter défice de vitamina D sem dar por isso. Na verdade, muitos casos são silenciosos. Quando surgem sintomas, os mais comuns são:   Cansaço frequente Fraqueza muscular Dores nos ossos ou nas articulações Maior propensão a infeções Quedas frequentes em pessoas idosas.   Nas crianças, o défice pode levar a problemas no crescimento, como raquitismo. Nos adultos, aumenta o risco de osteoporose, fraturas e problemas musculares. A vitamina D é discreta, mas faz muito pelo corpo. Seja com uma caminhada ao sol, uma dose de alimentos ricos ou, se necessário, um suplemento, o importante é não deixá-la em falta. O corpo agradece… e a saúde também. Partilhar:

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Atividades para idosos: ideias simples para dias mais felizes e ativos

Com o passar dos anos, o corpo abranda, mas a vontade de viver bem continua – e é aí que entram as atividades certas. Ter o dia preenchido com momentos agradáveis, que estimulam a mente, o corpo e o coração, faz toda a diferença na qualidade de vida de qualquer idoso.    Seja em casa, num lar ou num centro de dia, existe sempre algo que pode ser feito para trazer mais ânimo, mais convívio e até mais saúde. Leia, de seguida, várias sugestões de atividades para idosos, divididas em três grandes grupos: cognitivas, físicas e sociais. Tudo para inspirar dias mais felizes, ativos e cheios de significado. Atividades cognitivas para idosos A mente também precisa de exercício e, quanto mais a usamos, mais ágil ela fica. As atividades cognitivas ajudam a manter a memória viva, a concentração em alta e até a autoestima. São uma ótima forma de combater o isolamento, estimular a criatividade e, acima de tudo, proporcionar momentos divertidos e significativos.   Estas atividades podem ser feitas individualmente ou em grupo, e são ideais tanto para quem vive sozinho como para quem está num lar ou centro de dia. Existem também muitos materiais gratuitos online com atividades e jogos para idosos em PDF, ideais para imprimir e usar com frequência. Deixamos-lhe algumas ideias:   Palavras cruzadas, sudoku e sopas de letras Jogos de memória e puzzles (de encaixe, de imagens, de lógica) Leitura em grupo ou individual (livros, revistas ou audiolivros) Oficinas de escrita e atividades de escrita para idosos, como cartas, contos ou memórias Jogo do STOP, jogo do galo, jogo da forca Bingo temático (números, imagens ou palavras) Clube do livro com chá e bolinhos Aulas de informática ou de novas tecnologias Aprender uma nova língua ou relembrar o inglês “engavetado” Aplicações de jogos online para treinar o cérebro Atividades sensoriais (cheiros, sons, texturas…) Modelismo: aviões, barcos, construções em miniatura Jogo das diferenças ou jogo dos sabores Visionamento de documentários ou filmes com debate no fim Karaoke para exercitar a memória musical (e o bom humor!). Atividades físicas para idosos Mexer o corpo é tão importante como alimentar a alma. A atividade física traz inúmeros benefícios: melhora o equilíbrio, dá energia, ajuda a dormir melhor, fortalece os músculos e protege o coração. Além disso, pode ser uma excelente forma de conviver e partilhar momentos com os outros.   É importante adaptar as atividades ao ritmo de cada pessoa: não é uma corrida, é um passeio com prazer. O segredo é manter o corpo em movimento de forma segura e divertida. Aqui ficam 16 sugestões de atividades físicas para idosos, algumas delas adaptadas para quem tem mobilidade reduzida.   Caminhadas ao ar livre ou no interior Yoga em cadeira Alongamentos suaves e diários Pilates adaptado Ginástica sénior com música Dança (de salão, folclore ou livre!) Tai chi (movimentos suaves e conscientes) Jogos com bola, como encestar ou passar ao colega Natação e hidroginástica (ótimas para as articulações) Musculação leve com halteres ou elásticos Bóccia, bowling ou mini-golf Exercícios de equilíbrio e coordenação motora Sessões de fisioterapia em grupo Subir e descer degraus com supervisão Passear o cão ou cuidar do jardim Sessões de dança criativa ou livre expressão corporal. Atividades sociais para idosos O convívio é um dos maiores alimentos para o bem-estar emocional. Estar com outras pessoas, rir, partilhar histórias e sentir-se parte de um grupo faz toda a diferença. As atividades sociais para idosos combatem a solidão, trazem leveza, alegria e sentido de pertença.   Podem ser simples ou mais elaboradas, feitas em casa, em lares ou em centros de dia. O importante é criar momentos de encontro, onde todos se sintam valorizados.   E, para quem vive sozinho, estas atividades podem ser feitas com vizinhos, amigos ou em centros de convívio locais.   Jogos de tabuleiro em grupo (dominó, cartas, Uno, damas, bingo…) Chá da tarde com amigos e familiares Festas temáticas (Páscoa, Santos Populares, Halloween…) Noites de cinema com pipocas Tardes musicais ou sessões de karaoke Visitas de animais de estimação Sessões de partilha de histórias ou tradições Passeios a jardins, museus ou praias Piqueniques no pátio ou até dentro de casa Voluntariado (tricotar mantas, preparar cabazes, escrever cartas…) Oficinas de culinária ou troca de receitas Degustações de pratos típicos Clubes temáticos (cinema, música, arte…) Jantares temáticos com pratos de diferentes países Dinâmicas de grupo com perguntas divertidas sobre o passado Concursos de talentos (cantar, pintar, contar anedotas). Atividades para idosos em lares Nos lares, mais do que garantir cuidados básicos, é extremamente importante oferecer uma rotina que promova o bem-estar, a autoestima e o sentido de pertença dos residentes. Ter um plano de atividades para idosos é uma forma de combater a solidão, estimular as capacidades físicas e mentais e, acima de tudo, proporcionar momentos de alegria e motivação.   Muitos idosos chegam aos lares com receios de perder a autonomia ou de cair na monotonia. As atividades ajudam a quebrar essa ideia e a transformar o dia a dia num espaço de partilha, aprendizagem e divertimento. Além disso, ao envolver todos os residentes, cria-se um ambiente mais caloroso, acolhedor e ativo.   Eis atividades para idosos em lares que podem ser adaptadas com facilidade: Atividades cognitivas Sessões de leitura em grupo com discussão de histórias ou temas atuais Palavras cruzadas, sopas de letras e jogos de memória em formato grande Oficinas de atividades de escrita para idosos: criação de pequenas histórias, cartas ou até jornais do lar Jogos de tabuleiro como bingo, dominó, damas e cartas em grupo Contação de histórias (onde cada residente partilha memórias ou tradições) Visualização de filmes/documentários com debate no fim. Atividades físicas Ginástica sénior adaptada (sentados ou em pé, com música suave) Caminhadas no jardim do lar ou dentro do espaço, com apoio Sessões de alongamentos ou yoga em cadeira Dança em grupo com ritmos conhecidos (valsa, fado, ranchos…) Bóccia, bowling com garrafas, passar o balão ou encestar a bola Tarefas leves como cuidar das plantas, fazer recados simbólicos ou ajudar a montar mesas

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