Rute Ferreira

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Sarcopenia: como travar a perda muscular silenciosa

Com o passar dos anos, há algo que acontece de forma quase invisível no corpo humano: os músculos começam a perder massa e força. Esta condição tem um nome – sarcopenia – e afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente a partir dos 60 anos. Mas saiba que há muito que se pode fazer para travar e, até, reverter. E tudo começa por conhecê-la melhor. Pontos-chave do artigo A sarcopenia é a perda progressiva de massa e força muscular, mais comum a partir dos 60 anos Pode afetar a mobilidade, o equilíbrio e a capacidade de realizar tarefas do dia a dia Sedentarismo, má alimentação e doenças crónicas são fatores que contribuem para a sua evolução É possível travar ou até reverter a sarcopenia com exercício físico regular e uma dieta rica em proteína Suplementos como proteína whey, vitamina D ou creatina podem ser úteis em alguns casos Manter um estilo de vida ativo é a melhor forma de prevenir esta condição e preservar a autonomia com o passar dos anos. O que é a sarcopenia? É uma doença progressiva caracterizada pela perda de massa muscular, força e desempenho físico. Embora seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, o processo começa muito antes, por volta dos 30 ou 40 anos o corpo já inicia, lentamente, a perda de músculo. A partir dos 65, essa perda tende a acelerar.   Na prática, o que acontece é que os músculos vão ficando mais pequenos e fracos. E isso não significa apenas que se perde força para abrir um frasco ou carregar sacos de compras. A sarcopenia afeta a mobilidade, o equilíbrio, e a capacidade para realizar tarefas básicas do dia a dia, como levantar-se da cadeira, subir escadas ou caminhar com segurança. Quais são os sintomas? Os sinais da sarcopenia afetam diretamente a autonomia da pessoa, podendo levar à perda de independência, e, em casos mais graves, ao risco de quedas, fraturas e internamentos. Podem aparecer de forma discreta, mas vão-se tornando cada vez mais evidentes com o tempo. Os mais comuns incluem:   Fraqueza muscular constante Cansaço mais rápido durante atividades normais Dificuldade em subir escadas ou levantar-se de uma cadeira Marcha mais lenta e menor resistência física Perda de equilíbrio e quedas frequentes Redução visível do volume dos músculos, especialmente nos braços e pernas. O que causa a sarcopenia? O envelhecimento é o principal culpado, mas não é o único. Vários fatores contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia:   Sedentarismo: a falta de atividade física é um dos maiores aliados da perda muscular Má alimentação: uma dieta pobre em proteínas e nutrientes essenciais enfraquece os músculos Doenças crónicas: como diabetes, insuficiência renal, artrite, cancro ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) Inflamação crónica: o corpo em “modo de alerta constante” pode degradar tecidos musculares Alterações hormonais: como a queda da testosterona ou da hormona do crescimento Obesidade: especialmente quando associada à sarcopenia (obesidade sarcopénica), pode agravar o quadro Imobilização: estar de cama por períodos prolongados, mesmo por motivo de doença ou recuperação. Como se diagnostica? Não existe um único teste para diagnosticar a sarcopenia. Normalmente, começa-se por avaliar os sintomas através de um questionário simples, chamado SARC-F, que mede a dificuldade em fazer movimentos básicos do dia a dia (levantar-se, andar, subir escadas, etc.). Depois, podem ser feitos testes como:   Força de preensão (medida com um dinamómetro manual) Teste da cadeira (ver quantas vezes a pessoa consegue levantar-se sem usar os braços) Teste da marcha (avaliar a velocidade a caminhar) Análises de composição corporal, como o DEXA ou BIA, que medem a quantidade de músculo no corpo. Qual o tratamento da sarcopenia? A boa notícia é que a sarcopenia pode ser tratada e até revertida, principalmente se for detetada nas fases iniciais. As principais estratégias passam por mudanças simples no estilo de vida: 1. Movimento é essencial O exercício físico é a arma mais poderosa contra a sarcopenia. O ideal é praticar treino de força (como levantar pesos, usar bandas elásticas, fazer agachamentos) e também exercícios aeróbicos como caminhar. Duas a quatro sessões por semana já podem fazer a diferença. 2. Comer bem é tão importante como mexer-se Uma dieta equilibrada, rica em proteínas de qualidade (carne, peixe, ovos, leguminosas, laticínios) é fundamental para reconstruir e manter os músculos. Com o passar dos anos, o corpo precisa de mais proteína para o mesmo efeito, por isso vale a pena reforçar o consumo. 3. Suplementos podem ajudar Em alguns casos, pode ser benéfico incluir suplementos como:   Proteína whey Leucina (um aminoácido que estimula a síntese muscular) Vitamina D (especialmente se houver défice) Creatina (para aumentar a força e energia) Ómega-3 (ajuda a reduzir inflamações) Colagénio e magnésio, para o suporte do tecido muscular e articulações. Mas atenção: os suplementos devem ser sempre usados com orientação de um profissional de saúde. Sarcopenia ou atrofia muscular: qual a diferença? A atrofia muscular é um termo mais geral e significa a perda de massa muscular por várias razões, que podem acontecer em qualquer idade. A sarcopenia é uma forma específica de atrofia muscular associada ao envelhecimento e ao declínio da função muscular. Como prevenir a sarcopenia? É possível envelhecer com força, mobilidade e independência, e tudo começa com pequenos gestos no dia a dia. Manter os músculos ativos e bem nutridos faz toda a diferença.   Um estudo longitudinal publicado pela revista Ageing International, em 2025, analisou dados do UK Biobank e concluiu que a prática regular de atividade física de intensidade moderada a vigorosa reduz significativamente o risco de desenvolver sarcopenia em adultos de meia-idade.   O estudo destaca que apenas atividades de intensidade leve não apresentam o mesmo efeito protetor.   Eis, então, algumas dicas práticas:   Mexer-se todos os dias, nem que seja com caminhadas Fazer treinos de força adaptados à idade e condição física Ter uma alimentação rica em proteína e nutrientes Evitar o tabaco e o álcool em excesso Dormir bem e manter uma boa hidratação Consultar o médico com regularidade. Se

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ALS (doença): o que é, sintomas e tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica

Quando Stephen Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), disseram-lhe que teria apenas alguns anos de vida. Viveu mais de 50. A ALS, como também é conhecida, é uma doença degenerativa rara que afeta os músculos e tira, aos poucos, a capacidade de andar, falar, engolir ou respirar. Venha connosco, aprender um pouco mais sobre esta condição. Pontos-chave do artigo A ALS (ou ELA) é uma doença neurológica degenerativa rara e progressiva que afeta os músculos e compromete funções como andar, falar ou respirar Os sintomas surgem de forma gradual e variam, mas incluem fraqueza muscular, dificuldades na fala e na deglutição, entre outros Ainda não existe cura, mas há tratamentos que ajudam a abrandar a progressão e a melhorar a qualidade de vida O diagnóstico é clínico e exige a exclusão de outras doenças, sendo geralmente demorado O apoio familiar e o acompanhamento por equipas multidisciplinares são fundamentais ao longo de todo o processo A investigação científica tem registado avanços promissores, como novas terapias genéticas, imunológicas e tecnologias de apoio à comunicação. O que é a ALS? É uma doença neurológica degenerativa que afeta os neurónios motores, que são as células nervosas responsáveis por enviar mensagens do cérebro e da medula espinal para os músculos. Quando estes neurónios deixam de funcionar, os músculos perdem a capacidade de contrair-se corretamente e começam a enfraquecer.   Com o tempo, funções tão simples como andar, falar, engolir ou respirar tornam-se cada vez mais difíceis. E é por isso que a ALS é considerada uma doença degenerativa progressiva; vai-se agravando com o tempo e afeta de forma crescente a autonomia da pessoa. Diferença entre ALS e ELA ALS e ELA são, na prática, a mesma coisa. A sigla ALS (do inglês Amyotrophic Lateral Sclerosis) é mais usada internacionalmente. Em Portugal, o termo mais comum é ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica. Ambos se referem à mesma condição neurológica. Causas da ALS A verdade é que ainda não se sabe ao certo o que provoca a ALS. Na maioria dos casos, a doença surge sem aviso e sem histórico familiar. Apenas cerca de 5 a 10% dos casos têm origem genética.   Estão a ser estudadas possíveis ligações com fatores ambientais como exposição a toxinas, tabagismo ou até serviço militar, mas não há, até agora, uma explicação clara ou uma causa identificável na maioria dos casos.   Sabemos que é mais comum em homens, geralmente a partir dos 60 anos, e que a sua evolução é muito variável de pessoa para pessoa. Estima-se, ainda, uma prevalência de três a cinco casos por cada 100 mil pessoas. Quais são os primeiros sintomas da ALS? Os sintomas do ELA podem começar de forma subtil, mas ganham força com o tempo. Os primeiros sinais costumam aparecer nas mãos, pernas ou na fala. Apesar de a maioria manter as capacidades mentais intactas, há doentes que desenvolvem também formas de demência associadas.   Alguns dos sintomas mais frequentes:   Fraqueza muscular nas pernas ou nos braços Dificuldade em andar, segurar objetos ou escrever Atrofia muscular (músculos que diminuem de volume) Espasmos e cãibras frequentes Fala arrastada ou dificuldade em articular palavras Dificuldade em engolir Aumento de saliva Cansaço extremo Alterações emocionais ou cognitivas (em alguns casos). Como diagnosticar a ALS? O diagnóstico da doença de ALS é clínico, o que significa que depende da avaliação dos sintomas e da exclusão de outras doenças. Não existe um único exame que confirme a ELA de forma imediata. Normalmente, o neurologista realiza:   Exame neurológico detalhado Eletromiografia (para analisar a atividade elétrica dos músculos) Ressonância magnética Análises ao sangue e à urina Biópsias musculares ou nervosas, em alguns casos. Infelizmente, todo o processo pode demorar, o que atrasa o início dos tratamentos de suporte. ALS tem cura? Qual é o tratamento? Até ao momento, a ALS não tem cura, mas existe medicação que pode ajudar a abrandar a progressão da doença e a preservar algumas funções durante mais tempo. Os resultados variam de pessoa para pessoa, mas o objetivo passa sempre por proporcionar conforto, aliviar sintomas e manter a autonomia o máximo possível. O tratamento exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que pode envolver:   Fisioterapia e terapia ocupacional Terapia da fala Apoio nutricional (e, em muitos casos, alimentação por sonda) Ventilação não invasiva, quando a respiração fica comprometida Equipamentos de apoio à mobilidade e comunicação. Ao longo de todo o processo, é fundamental contar com uma equipa especializada: médicos, fisioterapeutas, terapeutas da fala, nutricionistas, psicólogos, cuidadores e outros profissionais que ajudam a ajustar o plano de cuidados às necessidades de cada pessoa. Apesar de ainda não existir uma cura, a investigação científica tem avançado a passos largos. Em 2023, foi aprovado nos EUA o primeiro tratamento direcionado a uma mutação genética associada à ELA – o gene SOD1 – uma forma hereditária da doença, representando um marco na medicina personalizada (Mass General Brigham). Também estão a ser estudadas abordagens inovadoras, como a imunoterapia com anticorpos monoclonais, que poderá ajudar a retardar a progressão da doença (OHSU). Outro avanço notável deu-se na área da tecnologia assistiva: um implante cerebral experimental permitiu a um doente com ELA recuperar a capacidade de comunicação através de uma interface cérebro-computador, atingindo uma velocidade de até 32 palavras por minuto (Reuters). Qual a expetativa de vida de pessoas com ALS? A expectativa de vida média após o diagnóstico varia entre dois a cinco anos, embora existam exceções. O físico Stephen Hawking, por exemplo, viveu décadas com a doença.   Tudo depende da velocidade de progressão e das áreas do corpo inicialmente afetadas. A forma bulbar, que afeta logo a fala e a deglutição, tende a evoluir mais rapidamente.   A insuficiência respiratória é a principal causa de morte nos casos mais avançados. Por isso, investir em tratamentos de suporte logo no início pode fazer uma grande diferença na qualidade e no tempo de vida da pessoa com ELA. Viver com ALS: o papel da família e dos cuidadores Receber um diagnóstico de ALS é um momento

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Direitos do Paciente: saiba o que pode (e deve) exigir nos serviços de saúde

Estar doente, seja por um motivo simples ou mais grave, nunca é fácil. Numa situação de fragilidade, o mínimo que qualquer pessoa merece é ser tratada com respeito, empatia e dignidade. Em Portugal, felizmente, os direitos do paciente estão bem definidos e protegidos por lei, mas nem sempre são conhecidos por quem mais precisa deles. Quais são os direitos do paciente em Portugal? Estes direitos estão previstos na Lei n.º 15/2014, na Lei de Bases da Saúde, na Carta dos Direitos do Doente Internado, entre outros diplomas legais. Aqui ficam os principais, em formato simples:   Direito à dignidade, respeito e não-discriminação Direito à prestação de cuidados de saúde adequados, atempados e de qualidade Direito à informação clara, objetiva e acessível sobre o estado de saúde Direito a aceitar ou recusar exames, tratamentos ou intervenções Direito a obter uma segunda opinião médica Direito à assistência espiritual e religiosa Direito ao acompanhamento por familiar ou pessoa indicada Direito à privacidade em todos os atos clínicos Direito à confidencialidade de dados clínicos e pessoais Direito de acesso ao processo clínico Direito a apresentar sugestões, reclamações ou denúncias Direito à continuidade de cuidados após alta hospitalar Direito à liberdade individual, salvo exceções legais. A Carta de Direitos do Paciente: o que é? A famosa Carta dos Direitos do Doente, aprovada pelo Ministério da Saúde, reúne um conjunto de princípios que garantem que cada pessoa seja respeitada enquanto utente do sistema de saúde. Muitos destes direitos estão consagrados na Constituição da República Portuguesa, na Lei de Bases da Saúde, e em documentos internacionais, como a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.   Pode consultar a versão publicada pela Ordem dos Médicos ou no website do SNS24. Direito de acesso à informação clínica e à proteção de dados Estar internado pode ser angustiante e, por isso, os direitos do paciente hospitalizado incluem cuidados especiais:   Instalações adaptadas ao conforto e bem-estar do doente Direito à intimidade e tranquilidade, incluindo durante os cuidados de higiene ou repouso Informação clara sobre os serviços do hospital (refeições, visitas, apoio espiritual, etc.) Proibição de discriminação com base em idade, género, etnia ou religião Direito a visitas, sempre que a situação clínica o permita.   No caso das crianças, vigora também a Carta da Criança Hospitalizada, que garante, entre outras coisas, a presença contínua dos pais. Direitos do paciente oncológico As pessoas com diagnóstico de cancro enfrentam desafios muito específicos. Os direitos do paciente oncológico incluem:   Acesso a cuidados de saúde especializados e humanizados Respeito pelas emoções, medos e decisões do doente Acompanhamento adequado em todas as fases da doença Apoio psicológico e social Possibilidade de receber cuidados paliativos com conforto e dignidade E, em muitos casos, direito a transporte gratuito para os tratamentos, como consultas, quimioterapia ou radioterapia, especialmente quando o doente está debilitado ou sem meios próprios de deslocação. Direitos do paciente terminal Quando um doente se encontra numa fase terminal, o foco passa a ser o conforto, o bem-estar e o respeito pela sua vontade.   Os direitos do paciente terminal incluem:   Receber cuidados paliativos adequados Ser acompanhado por quem quiser Ter controlo sobre decisões de tratamento Direito à tranquilidade, privacidade e ambiente acolhedor. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão.   É obrigatório em situações como:   Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica.   Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão. É obrigatório em situações como: Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Consentimento informado: o que é e quando é obrigatório O consentimento informado é o direito do paciente a decidir, de forma livre e consciente, sobre o que lhe vai ser feito. Para isso, deve receber informação clara, acessível e adequada ao seu nível de compreensão. É obrigatório em situações como: Cirurgias e atos invasivos Administração de sangue ou derivados Interrupção voluntária da gravidez Diagnóstico pré-natal com técnicas invasivas Esterilização ou procriação medicamente assistida Participação em ensaios clínicos ou investigação médica Note que, mesmo depois de dar consentimento, o doente pode voltar atrás a qualquer momento. Partilhar:

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Segunda opinião médica: o seu direito de decidir com confiança

O médico explicou-lhe tudo com calma mas, mesmo assim, ficou no ar aquela sensação de incerteza… Será mesmo isto? Será que existe outra opção? Se já sentiu este nó na barriga, fique a saber que tem todo o direito de procurar uma segunda opinião. Não é falta de confiança. Não é desrespeito. É cuidado. É querer decidir com clareza sobre o que mais importa: a sua saúde. Afinal, o que é uma segunda opinião médica? É exatamente o que parece: ouvir outro médico. No fundo, é pedir a um segundo especialista que analise o seu caso, reveja o diagnóstico ou o tratamento proposto e lhe dê a sua perspetiva.   Pode ser através de uma nova análise do historial clínico, pedidos de exames adicionais ou, simplesmente, uma conversa franca e esclarecedora.   O Direito a uma segunda opinião médica é um dos direitos fundamentais do paciente e está previsto na Carta dos Direitos e Deveres do Doente, o que significa que qualquer pessoa pode e deve usá-lo sempre que sentir necessidade. Quando pedir uma segunda opinião médica? A verdade é que não há um momento “certo” igual para todos. Mas há situações onde este passo pode fazer toda a diferença:   O diagnóstico não foi claro ou pareceu incerto Está perante uma doença grave, rara ou terminal Tem várias opções de tratamento e não sabe qual seguir Não está a responder ao tratamento atual Sente que não foi ouvido na primeira consulta A proposta de tratamento parece demasiado invasiva, experimental ou arriscada O médico não é especialista na sua condição específica Ou, simplesmente… ainda tem dúvidas.   Também há casos em que o próprio médico pode sugerir procurar outra opinião e isso deve ser visto como um sinal de profissionalismo, não como motivo de preocupação. Como pedir uma segunda opinião médica? Antes de mais, respire fundo: não está a ofender ninguém ao querer confirmar um diagnóstico. É o seu corpo, a sua saúde, a sua decisão. Eis alguns passos que podem ajudar:   Fale abertamente com o médico que o acompanha. Diga que está a pensar procurar outra opinião para se sentir mais seguro. Muitos médicos compreendem e até ajudam nessa procura Recolha toda a documentação médica. Exames, análises, relatórios clínicos, prescrições, tudo pode ser útil. Se não tem esses documentos, peça-os à clínica ou hospital. Este é outro direito do paciente, garantido por lei – tem o direito de aceder à sua informação clínica sempre que necessitar Escolha bem o segundo especialista. Pode pedir recomendações ao seu médico de família, ao seguro de saúde (muitos incluem esta cobertura), procurar em clínicas especializadas ou, até, recorrer a associações de doentes Na nova consulta, seja claro. Explique que está à procura de uma segunda opinião. No início, pode até optar por não partilhar logo a primeira avaliação, para garantir uma visão isenta. Depois, já com tudo em cima da mesa, compare os pareceres. O que perguntar na consulta? Vá preparado. Ter uma lista de perguntas ajuda a não esquecer nada importante. E lembre-se: não há perguntas “parvas” quando o que está em causa é a sua saúde. Algumas perguntas que pode fazer:   Qual é exatamente o meu diagnóstico? Há outras opções de tratamento? Quais são os riscos e benefícios de cada uma? O que acontece se não fizer nada por agora? Recomendaria o mesmo tratamento a alguém da minha família? E se as opiniões forem diferentes? Como decidir? E quando os médicos não dizem o mesmo? Acontece mais vezes do que se imagina e pode ser desconcertante. O importante é manter a calma e olhar para os dois pareceres com espírito crítico. Deixamos-lhe algumas dicas para ajudar na decisão:   Compare os argumentos: qual das opiniões lhe parece mais bem fundamentada? O médico explicou-lhe os porquês de forma clara? Avalie o grau de confiança: com quem se sentiu mais confortável e bem informado? A relação de confiança conta, e muito! Consulte fontes adicionais: pode ler sobre o tema em websites de saúde credíveis, falar com associações de doentes ou, até, procurar uma terceira opinião Fale com os dois profissionais: partilhe as opiniões divergentes e veja se algum deles reavalia o parecer. Às vezes, esse diálogo pode levar a um consenso.   No fim, o mais importante é sentir-se seguro e bem informado para tomar a melhor decisão para si E se for preciso ir ao estrangeiro? Se se tratar de uma doença rara, grave ou que exija tratamentos que não existem em Portugal, pode pedir uma segunda opinião médica internacional. Muitos seguros de saúde já oferecem esta possibilidade, incluindo apoio para as despesas de deslocação e estadia. Por isso, verifique o que o seu plano cobre – pode abrir portas importantes. Precisa de apoio para ir à consulta? Conte com a Ambula! Se está a planear pedir uma segunda opinião médica e precisa de ajuda para se deslocar com conforto e segurança, a Ambula está preparada para o acompanhar em todo o processo. Porque cuidar da saúde também passa por garantir que chega onde precisa, com tranquilidade. Partilhar:

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Vitamina D em falta? Saiba para que serve e como garantir níveis saudáveis

É conhecida como a “vitamina do sol” e não é por acaso. Uma simples caminhada ao ar livre, com a pele exposta ao sol, é suficiente para que o corpo comece a produzi-la. Mas… sabe para que serve afinal a vitamina D? E, para além do sol, sabe onde encontrá-la em outras fontes naturais? Se tem essas dúvidas, este artigo é para si. Vamos a isso? O que é a vitamina D? É uma vitamina lipossolúvel (ou seja, que se dissolve na gordura – lípidos) que o próprio corpo consegue produzir quando é exposto ao sol. Também pode ser obtida através da alimentação e, em alguns casos, por suplementos.   O curioso? Apesar de ser chamada de vitamina, a D comporta-se mais como uma hormona, porque está envolvida em várias funções importantes no organismo, desde a saúde dos ossos ao sistema imunitário. Para que serve a vitamina D? Esta vitamina tem um papel muito mais abrangente do que se pensa. Eis os principais benefícios da vitamina D:   Ajuda na absorção de cálcio e fósforo, dois minerais fundamentais para manter ossos e dentes fortes Contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário Apoia o crescimento e desenvolvimento saudável das crianças Tem ação anti-inflamatória e antioxidante Pode ajudar a prevenir doenças como osteoporose, infeções respiratórias, diabetes, problemas cardiovasculares e até depressão.   Um estudo publicado recentemente reforça que níveis adequados desta vitamina ajudam a prevenir fraturas e osteoporose, especialmente em pessoas mais velhas. Outro trabalho científico analisou o papel da suplementação de vitamina D em pessoas com maior fragilidade muscular e os resultados mostraram melhorias na força e menor risco de complicações. Onde encontrar vitamina D? A vitamina D pode ser obtida de três formas: sol, alimentação e suplementos. E aqui entra uma questão importante: apesar de Portugal ser um país solarengo, mais de metade da população tem défice de vitamina D. Curioso, certo?   Um estudo publicado na Archives of Osteoporosis, com mais de 3 mil participantes, concluiu que dois em cada três portugueses têm níveis insuficientes de vitamina D, mesmo no verão – sendo a situação ainda mais crítica nos Açores, onde afeta 82% da população. Ou seja, mesmo num país com tanto sol, a deficiência de vitamina D afeta a maioria da população e está presente em todas as faixas etárias.   Perante estes números, importa perceber como é que se pode garantir uma boa dose desta vitamina no dia a dia. Exposição solar É a principal forma de produção de vitamina D. Bastam cerca de 15 a 20 minutos por dia de exposição solar (sem protetor solar) em zonas como rosto, braços ou pernas. Mas claro, sempre com bom senso, nada de exageros, para evitar os riscos de excesso de sol. Alimentos com vitamina D Nem todos os alimentos têm vitamina D, mas há alguns que se destacam. Os melhores exemplos são:   Peixes gordos (salmão, atum, sardinha, cavala, arenque) Óleo de fígado de bacalhau Gema de ovo Fígado Cogumelos (sobretudo os expostos ao sol) Lacticínios e cereais fortificados. Suplemento de vitamina D: sim ou não? Depende. Em certos casos, os suplementos de vitamina D são recomendados por profissionais de saúde, sobretudo para:   Pessoas com pouca exposição solar Idosos Grávidas Crianças até aos 12 meses Quem tem doenças que dificultam a absorção da vitamina Pessoas com défice confirmado em análises. Mas atenção: a vitamina D é lipossolúvel, o que significa que o excesso pode acumular-se no organismo. Por isso, a suplementação deve ser sempre acompanhada por um profissional de saúde. Níveis demasiado elevados podem causar problemas como hipercalcemia e complicações renais. Como tomar vitamina D? A melhor altura para tomar vitamina D é junto de uma refeição com gordura, já que se trata de uma vitamina lipossolúvel, o corpo absorve melhor quando há gordura presente. Se o médico recomendar um suplemento, a toma pode ser feita de várias formas:   Diariamente: em gotas, cápsulas ou comprimidos De forma espaçada: semanal ou mensal, dependendo da dose.   Em adultos, considera-se que níveis acima dos 20 ng/mL no sangue são adequados. Abaixo disso, há risco de insuficiência ou défice. Sintomas de défice de vitamina D? É possível ter défice de vitamina D sem dar por isso. Na verdade, muitos casos são silenciosos. Quando surgem sintomas, os mais comuns são:   Cansaço frequente Fraqueza muscular Dores nos ossos ou nas articulações Maior propensão a infeções Quedas frequentes em pessoas idosas.   Nas crianças, o défice pode levar a problemas no crescimento, como raquitismo. Nos adultos, aumenta o risco de osteoporose, fraturas e problemas musculares. A vitamina D é discreta, mas faz muito pelo corpo. Seja com uma caminhada ao sol, uma dose de alimentos ricos ou, se necessário, um suplemento, o importante é não deixá-la em falta. O corpo agradece… e a saúde também. Partilhar:

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Atividades para idosos: ideias simples para dias mais felizes e ativos

Com o passar dos anos, o corpo abranda, mas a vontade de viver bem continua – e é aí que entram as atividades certas. Ter o dia preenchido com momentos agradáveis, que estimulam a mente, o corpo e o coração, faz toda a diferença na qualidade de vida de qualquer idoso.    Seja em casa, num lar ou num centro de dia, existe sempre algo que pode ser feito para trazer mais ânimo, mais convívio e até mais saúde. Leia, de seguida, várias sugestões de atividades para idosos, divididas em três grandes grupos: cognitivas, físicas e sociais. Tudo para inspirar dias mais felizes, ativos e cheios de significado. Atividades cognitivas para idosos A mente também precisa de exercício e, quanto mais a usamos, mais ágil ela fica. As atividades cognitivas ajudam a manter a memória viva, a concentração em alta e até a autoestima. São uma ótima forma de combater o isolamento, estimular a criatividade e, acima de tudo, proporcionar momentos divertidos e significativos.   Estas atividades podem ser feitas individualmente ou em grupo, e são ideais tanto para quem vive sozinho como para quem está num lar ou centro de dia. Existem também muitos materiais gratuitos online com atividades e jogos para idosos em PDF, ideais para imprimir e usar com frequência. Deixamos-lhe algumas ideias:   Palavras cruzadas, sudoku e sopas de letras Jogos de memória e puzzles (de encaixe, de imagens, de lógica) Leitura em grupo ou individual (livros, revistas ou audiolivros) Oficinas de escrita e atividades de escrita para idosos, como cartas, contos ou memórias Jogo do STOP, jogo do galo, jogo da forca Bingo temático (números, imagens ou palavras) Clube do livro com chá e bolinhos Aulas de informática ou de novas tecnologias Aprender uma nova língua ou relembrar o inglês “engavetado” Aplicações de jogos online para treinar o cérebro Atividades sensoriais (cheiros, sons, texturas…) Modelismo: aviões, barcos, construções em miniatura Jogo das diferenças ou jogo dos sabores Visionamento de documentários ou filmes com debate no fim Karaoke para exercitar a memória musical (e o bom humor!). Atividades físicas para idosos Mexer o corpo é tão importante como alimentar a alma. A atividade física traz inúmeros benefícios: melhora o equilíbrio, dá energia, ajuda a dormir melhor, fortalece os músculos e protege o coração. Além disso, pode ser uma excelente forma de conviver e partilhar momentos com os outros.   É importante adaptar as atividades ao ritmo de cada pessoa: não é uma corrida, é um passeio com prazer. O segredo é manter o corpo em movimento de forma segura e divertida. Aqui ficam 16 sugestões de atividades físicas para idosos, algumas delas adaptadas para quem tem mobilidade reduzida.   Caminhadas ao ar livre ou no interior Yoga em cadeira Alongamentos suaves e diários Pilates adaptado Ginástica sénior com música Dança (de salão, folclore ou livre!) Tai chi (movimentos suaves e conscientes) Jogos com bola, como encestar ou passar ao colega Natação e hidroginástica (ótimas para as articulações) Musculação leve com halteres ou elásticos Bóccia, bowling ou mini-golf Exercícios de equilíbrio e coordenação motora Sessões de fisioterapia em grupo Subir e descer degraus com supervisão Passear o cão ou cuidar do jardim Sessões de dança criativa ou livre expressão corporal. Atividades sociais para idosos O convívio é um dos maiores alimentos para o bem-estar emocional. Estar com outras pessoas, rir, partilhar histórias e sentir-se parte de um grupo faz toda a diferença. As atividades sociais para idosos combatem a solidão, trazem leveza, alegria e sentido de pertença.   Podem ser simples ou mais elaboradas, feitas em casa, em lares ou em centros de dia. O importante é criar momentos de encontro, onde todos se sintam valorizados.   E, para quem vive sozinho, estas atividades podem ser feitas com vizinhos, amigos ou em centros de convívio locais.   Jogos de tabuleiro em grupo (dominó, cartas, Uno, damas, bingo…) Chá da tarde com amigos e familiares Festas temáticas (Páscoa, Santos Populares, Halloween…) Noites de cinema com pipocas Tardes musicais ou sessões de karaoke Visitas de animais de estimação Sessões de partilha de histórias ou tradições Passeios a jardins, museus ou praias Piqueniques no pátio ou até dentro de casa Voluntariado (tricotar mantas, preparar cabazes, escrever cartas…) Oficinas de culinária ou troca de receitas Degustações de pratos típicos Clubes temáticos (cinema, música, arte…) Jantares temáticos com pratos de diferentes países Dinâmicas de grupo com perguntas divertidas sobre o passado Concursos de talentos (cantar, pintar, contar anedotas). Atividades para idosos em lares Nos lares, mais do que garantir cuidados básicos, é extremamente importante oferecer uma rotina que promova o bem-estar, a autoestima e o sentido de pertença dos residentes. Ter um plano de atividades para idosos é uma forma de combater a solidão, estimular as capacidades físicas e mentais e, acima de tudo, proporcionar momentos de alegria e motivação.   Muitos idosos chegam aos lares com receios de perder a autonomia ou de cair na monotonia. As atividades ajudam a quebrar essa ideia e a transformar o dia a dia num espaço de partilha, aprendizagem e divertimento. Além disso, ao envolver todos os residentes, cria-se um ambiente mais caloroso, acolhedor e ativo.   Eis atividades para idosos em lares que podem ser adaptadas com facilidade: Atividades cognitivas Sessões de leitura em grupo com discussão de histórias ou temas atuais Palavras cruzadas, sopas de letras e jogos de memória em formato grande Oficinas de atividades de escrita para idosos: criação de pequenas histórias, cartas ou até jornais do lar Jogos de tabuleiro como bingo, dominó, damas e cartas em grupo Contação de histórias (onde cada residente partilha memórias ou tradições) Visualização de filmes/documentários com debate no fim. Atividades físicas Ginástica sénior adaptada (sentados ou em pé, com música suave) Caminhadas no jardim do lar ou dentro do espaço, com apoio Sessões de alongamentos ou yoga em cadeira Dança em grupo com ritmos conhecidos (valsa, fado, ranchos…) Bóccia, bowling com garrafas, passar o balão ou encestar a bola Tarefas leves como cuidar das plantas, fazer recados simbólicos ou ajudar a montar mesas

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Como levantar pessoas acamadas: passo a passo para um cuidado seguro

Cuidar de alguém acamado é um gesto profundo de amor e dedicação, que exige paciência, empatia e atenção aos detalhes. Seja por motivos de idade, recuperação de uma cirurgia ou um acidente, o processo de ajudar a pessoa a sair da cama pode ser um dos maiores desafios para quem cuida.   Por outro lado, é também uma oportunidade para demonstrar cuidado, respeito e garantir que a pessoa se sinta tranquila e confortável. Neste artigo, vamos guiá-lo através de passos simples e seguros, para que o processo de levantar uma pessoa acamada seja o mais fácil e confortável para ambos. Como levantar uma pessoa acamada: passo a passo Preparar o ambiente Antes de começar, é importante preparar o espaço. Coloque uma cadeira de rodas ou uma poltrona ao lado da cama, e garanta que esta esteja fixa. Se for uma cadeira de rodas, trave as rodas para evitar que ela se mova durante o processo. Se não for uma cadeira de rodas, basta encostar a poltrona ou cadeira em um móvel ou parede sólida. Posicione a pessoa na beira da cama Com a pessoa ainda deitada, comece por puxá-la suavemente até à beira da cama. Não tenha pressa, pois o objetivo é mover a pessoa com calma e evitar qualquer desconforto. Coloque um braço por baixo do corpo dela, mais ou menos na altura dos ombros, para ajudá-la a deslizar de forma controlada e sem pressas. Apoie as costas e prepare para sentar Apoie as costas da pessoa com um braço e, com o outro, segure na axila dela, ajudando a sentá-la na cama. Lembre-se de dobrar os joelhos e manter as costas retas para evitar lesões. Levante a pessoa de forma suave, empurrando com as pernas, até que ela fique sentada, com a postura ereta, mas confortável. Posicione as pernas Agora que a pessoa está sentada, puxe os seus joelhos para fora da cama, deixando as pernas penduradas na borda. Este movimento ajuda a estabilizar a pessoa e prepara-a para ser transferida, de forma segura, para a poltrona ou cadeira de rodas. Leve a pessoa para fora da cama Com as pernas já posicionadas na borda da cama, mova a pessoa suavemente para fora da cama, até que os pés toquem o chão. Se necessário, ajuste a posição dela para garantir que se mantém equilibrada antes de prosseguir. Abrace e levante com cuidado Envolva a pessoa com os seus braços por baixo, apoiando-a firmemente. Com a outra mão, segure na parte de trás da roupa dela, como na barra das calças. Se a pessoa conseguir, peça-lhe para se segurar ao seu pescoço, o que ajuda a dar estabilidade. Lembre-se: mantenha as costas retas e use as pernas para levantar a pessoa de forma suave e segura. Este movimento é fundamental para evitar sobrecarregar a coluna. Transfira para a cadeira Quando a pessoa já estiver em pé ou quase, vire o corpo dela para direcioná-la à cadeira de rodas ou poltrona. Abaixe-se e, com calma, posicione-a no assento. Ajuste a posição dela, garantindo que fique confortável e segura, passando os braços dela pelo encosto da cadeira para maior estabilidade. Dicas adicionais para levantar pessoas acamadas Movimentação regular. Se possível, movimente a pessoa a cada duas horas para evitar complicações como escaras (úlceras de pressão), e melhora a circulação sanguínea. Mesmo que o paciente não consiga se mover por conta própria, pode ajudar a virar a pessoa de lado ou para a posição sentada Use equipamentos de apoio. O uso de equipamentos especializados pode aliviar muito o esforço físico do cuidador. Camas que podem ser elevadas ou ajustadas facilitam a movimentação ao mesmo tempo que dão um conforto adicional, tanto do cuidador quanto ao paciente Mantenha a postura correta. A postura é fundamental para evitar lesões. Ao levantar a pessoa acamada, dobre os joelhos e utilize as pernas para a força, nunca a coluna. Deste modo, o movimento é feito de forma mais eficiente e sem sobrecarregar o corpo. Comunicação com o paciente. É importante comunicar-se com a pessoa acamada durante todo o processo. Pergunte sempre como se sente e se está confortável durante a movimentação. Parece um pequeno gesto, mas ajuda a aumentar a confiança e torna o processo menos stressante Mantenha o ambiente seguro. Antes de começar, certifique-se de que o ambiente está seguro e organizado. Remova qualquer objeto que possa atrapalhar, como tapetes soltos ou móveis fora do lugar. Um espaço livre de obstáculos faz toda a diferença para evitar quedas e garantir a segurança de ambos Como fazer a higiene a pessoas acamadas: dicas Prepare o ambiente com antecedência. Reúna todos os materiais necessários (toalhas, produtos de higiene, luvas descartáveis, roupas limpas, lençóis, etc.). Garanta que o ambiente esteja quente e confortável para a pessoa Mantenha a privacidade e o respeito. Cubra a pessoa com toalhas ou lençóis para garantir a sua privacidade. Pergunte sempre como está a se sentir e garanta que o ambiente seja acolhedor e confortável Limpeza cuidadosa e suave. Use movimentos suaves, começando pelas áreas mais limpas (como o rosto), e depois vá para os braços, pernas, torso e finalmente a área íntima. Seque bem a pele para evitar irritações e úlceras de pressão Cuidado com as áreas de risco. Preste atenção especial a áreas propensas à formação de escaras, como as costas, quadris e calcanhares. Ao limpar e dar banho, use movimentos suaves e evite friccionar nestas zonas. Se necessário, use toalhas ou panos macios e, ao secar, faça-o com delicadeza, sem pressionar as áreas sensíveis. Use produtos suaves e adequados. Escolha produtos de higiene suaves, sem fragrâncias fortes, e de fácil enxágue, para prevenir alergias e irritações. Produtos específicos para pele sensível são ideais Higiene das mãos e materiais. Lave bem as mãos antes e depois do processo. Utilize materiais descartáveis ou de fácil higienização para evitar a transmissão de germes e manter a segurança de todos. Precisa de transportar a pessoa acamada? Conte com Ambula! Se precisar de transportar a pessoa acamada a exames, consultas ou outras deslocações, a Ambula está

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Mobilidade reduzida: direitos e como promover a acessibilidade

Consegue imaginar o cenário em que a simples tarefa de sair de casa ou ir até à cozinha se torna um desafio? A mobilidade reduzida pode afetar qualquer um de nós, seja por um acidente, uma condição de saúde ou algo tão natural quanto o envelhecimento. Neste artigo, vamos explorar o que realmente significa ter mobilidade limitada, os obstáculos que surgem e as soluções para garantir a acessibilidade, sem esquecer os direitos fundamentais que todos devem ter para viver sem barreiras. O que significa mobilidade reduzida? Esta condição descreve a dificuldade ou limitação de movimento que pode surgir de forma temporária ou permanente. A pessoa afetada pode ter dificuldades em andar, levantar-se, sentar-se ou realizar tarefas diárias de forma independente. As causas dessa limitação variam, podendo incluir desde doenças crónicas e lesões até o envelhecimento ou condições temporárias:   Idade avançada: o envelhecimento pode levar à diminuição da força muscular e da flexibilidade, tornando os movimentos mais lentos e difíceis Doenças crónicas: condições como artrite, esclerose múltipla ou diabetes podem afetar as articulações, músculos e nervos Lesões e acidentes: quebras de ossos, cirurgias ou lesões graves podem resultar em mobilidade reduzida temporária ou permanente Gravidez, crianças de colo ou obesidade: muitas situações temporárias também podem gerar dificuldades de locomoção. É importante destacar que nem sempre quem sofre de mobilidade reduzida tem problemas de locomoção evidentes. Uma pessoa que sofreu uma cirurgia nas mãos, por exemplo, pode ter dificuldade em usar as mãos para realizar tarefas simples, embora consiga andar normalmente. Direitos das pessoas com mobilidade reduzida Acesso a informação especializada. Direito a obter informações sobre direitos, benefícios e deveres em Balcões da Inclusão, no Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) ou centros da Segurança Social Atendimento prioritário. Pessoas com grau de incapacidade igual ou superior a 60% têm direito ao atendimento prioritário em serviços públicos e privados, salvo em situações específicas Direito a reclamações e queixas. Possibilidade de apresentar queixas em casos de discriminação ou falta de acessibilidade, com o apoio de funcionários responsáveis. Regime do Maior Acompanhado. Permite que uma pessoa com deficiência seja assistida por outra para garantir a defesa dos seus direitos, sem conflitos de interesse Atribuição de produtos de apoio. Acesso a produtos e equipamentos para compensar limitações de mobilidade ou de atividades, com financiamento simplificado Apoio no ensino e formação. Direito a uma educação inclusiva e acompanhamento adequado para crianças e jovens com deficiência, garantindo participação ativa na comunidade escolar Acesso ao mercado de trabalho. Medidas específicas para apoiar o acesso de pessoas com deficiência ao emprego, incluindo quotas e apoio na integração no mercado de trabalho Direitos no local de trabalho. Possibilidade de solicitar ajustes no horário de trabalho, adaptações no posto de trabalho e ausências para tratamentos médicos sem prejuízo. Direitos nos transportes públicos. Prioridade no acesso e lugares reservados em transportes públicos, com assistência durante o embarque, desembarque e viagens Modelo de Apoio à Vida Independente. Assistência pessoal para atividades do dia a dia, como higiene, alimentação e deslocações, visando maior autonomia e inclusão social. Como promover a acessibilidade Acessibilidade é a chave para que todos, independentemente das suas limitações, possam viver de forma independente e plena. O primeiro passo é garantir que os espaços, públicos ou privados, sejam adaptados para eliminar as barreiras físicas que dificultam a mobilidade. Em casa Adaptar a casa para uma pessoa com mobilidade reduzida não precisa ser uma tarefa difícil ou cara. Algumas mudanças simples podem fazer toda a diferença:   Espaços amplos. Certifique-se de que os móveis não bloqueiam o caminho. Portas largas e corredores desobstruídos são essenciais, especialmente para quem usa cadeira de rodas ou outros dispositivos de mobilidade Casa de banho adaptada. Instalar barras de apoio no boxe ou ao lado da sanita, utilizar pisos antiderrapantes e ajustar a altura do lavatório são mudanças que podem tornar a casa mais segura Cozinha acessível. Bancadas mais baixas ou sem armários em baixo permitem que as pessoas em cadeira de rodas possam manobrar facilmente. Nos transportes públicos A acessibilidade no transporte público também é essencial para garantir que todos possam sair de casa com facilidade e segurança. As leis de acessibilidade em Portugal, como o Decreto-Lei n.º 163/2006, exigem que autocarros, comboios e metro estejam preparados para receber pessoas com mobilidade reduzida. Isso inclui:   Veículos adaptados. Autocarros com rampas e lugares reservados para cadeiras de rodas Sinalização acessível. Sinalizações sonoras e visuais em paragens e dentro dos transportes para pessoas com deficiências sensoriais Estações e plataformas. Rampas, elevadores e escadas rolantes devem estar presentes para facilitar o acesso a qualquer pessoa. Em edifícios públicos e privados A Lei n.º 46/2006 garante que edifícios públicos e privados, novos ou remodelados, sejam adaptados para a acessibilidade. Isto inclui: Rampas de acesso: para eliminar escadas e permitir que as pessoas com mobilidade reduzida se desloquem com mais facilidade Elevadores e portas largas: garantindo que qualquer pessoa consiga transitar livremente pelo espaço Sanitários adaptados: para que todos possam utilizar o espaço com a mesma dignidade e autonomia. Melhorar a qualidade de vida: algumas dicas Embora a adaptação dos ambientes seja fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas com mobilidade reduzida, cuidar da saúde física, emocional e do bem-estar de forma global é essencial para aumentar a autonomia e o conforto. Veja algumas dicas práticas para tornar o dia a dia mais fácil e agradável:   Praticar exercícios físicos adaptados como hidroginástica, pilates ou yoga, ajuda a melhorar a força muscular, a flexibilidade e a mobilidade Manter uma alimentação saudável e equilibrada é importante para a saúde em geral e previne doenças que podem agravar a limitação de mobilidade Procurar apoio emocional e participar de grupos de apoio ou realizar terapias é um excelente caminho para lidar com as questões emocionais relacionadas à mobilidade reduzida Investir em tecnologias assistivas pode aumentar a independência e ajudar na realização de tarefas diárias de maneira mais eficiente Manter uma rotina regular de descanso e sono é também muito importante, já que o descanso adequado contribui para a recuperação física

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Sabia que doentes oncológicos têm direito a transporte gratuito? Conheça este direito

Enfrentar um diagnóstico oncológico traz muitos desafios, e as dificuldades vão muito além da luta contra a doença. No dia a dia, há ainda a gestão das deslocações para tratamentos, consultas e exames, o que pode ser um grande peso. Mas trazemos-lhe uma boa notícia. Existem direitos que tornam essas viagens mais fáceis e que oferecem o apoio necessário para que o foco possa estar no tratamento e no bem-estar. O transporte para tratamentos é um direito garantido? Doentes oncológicos têm direito a transporte, nomeadamente no caso de tratamentos regulares ou consultas que impliquem deslocações frequentes. Para garantir este apoio, existem algumas condições e processos que devem ser seguidos. Acesso ao transporte não urgente Em casos de transporte não urgente, ou seja, quando não se trata de uma emergência, os doentes oncológicos podem aceder a transporte gratuito ou com custos comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), desde que cumpram certos requisitos. O principal critério é a necessidade de um transporte em condições especiais, como o transporte em ambulância, quando a pessoa tem dificuldades de locomoção (por exemplo, quando é necessário transporte em cadeira de rodas ou em situação de acamamento). Condições para obter transporte Para que um doente oncológico possa usufruir deste direito, é necessário que um médico prescritor emita uma credencial que comprove a necessidade de transporte. Essa credencial será entregue nos serviços administrativos do hospital ou centro de saúde, que irá processar a solicitação. A prescrição de transporte pode ser feita para tratamentos relacionados com a doença oncológica ou, em algumas situações, para tratamentos paliativos. Despesas de deslocação Caso o doente precise de transporte, e se este estiver em situação económica difícil, o SNS poderá assumir a totalidade das despesas com o transporte. Se a pessoa se encontrar num grau de incapacidade igual ou superior a 60%, o transporte é totalmente comparticipado, o que significa que, mesmo em situações de grande desgaste financeiro, a saúde nunca deve ser um obstáculo para o acesso ao tratamento. Isso inclui transporte em ambulâncias ou veículos adequados às necessidades do doente. A importância do atestado médico de incapacidade Para que o doente possa ter acesso a estas facilidades, é necessário que tenha o Atestado Médico de Incapacidade Multiuso. Este documento oficial certifica que a pessoa tem um grau de incapacidade igual ou superior a 60%, o que permite que o doente tenha acesso a isenções e comparticipações em diversas áreas, incluindo no transporte para cuidados de saúde. Pode obter este atestado após uma avaliação clínica e, se aprovado, oferece uma série de benefícios, como a isenção das taxas moderadoras em hospitais e centros de saúde, além do acesso a outros direitos importantes, como a comparticipação em medicamentos. Como funciona o transporte no SNS O transporte de doentes oncológicos, quando realizado pelo SNS, pode ser feito através de ambulâncias ou veículos de transporte simples de doentes. A escolha do meio adequado depende da situação clínica do doente. Por exemplo, se a pessoa não consegue caminhar ou se encontra acamada, o transporte será feito em ambulância. É importante salientar que este transporte não se limita a uma única viagem, podendo ser solicitado para várias consultas ou tratamentos, conforme necessário. O SNS assegura que o transporte será fornecido sempre que seja clinicamente necessário, o que garante uma maior tranquilidade para os doentes e suas famílias. Para mais informações, consulte as Perguntas Frequentes disponíveis no site Entidade Reguladora de Saúde. Como pedir transporte? Para solicitar este tipo de transporte, o doente deve obter uma prescrição médica que comprove a necessidade do serviço – o Atestado Multiuso falado acima -, com uma justificação clínica detalhada. Com a prescrição em mãos, o utente pode:   Pedir requerer o transporte nos serviços de saúde da sua área Contactar diretamente entidades autorizadas a prestar este serviço (bombeiros, Cruz Vermelha, associações ou empresas especializadas, como a Ambula).   Em algumas unidades de saúde, como o IPO Lisboa, a gestão e o agendamento do transporte de doentes não urgentes são feitos de forma centralizada pela Central de Transportes. Para usufruir deste serviço:   Os doentes devem fazer o agendamento previamente, diretamente através da plataforma MyIPO Lisboa Podem também fazer o pedido através de e-mail (centraltransportes@ipolisboa.min-saude.pt), telefone (217 229 800 / 217 200 400) ou presencialmente no hospital. Transporte especializado e situações clínicas específicas Em casos de doentes que precisam de cuidados especiais durante o transporte, como aqueles que requerem isolamento ou cuidados médicos durante o trajeto (por exemplo, em casos de tratamento de quimioterapia ou radioterapia), o SNS assegura a disponibilidade de ambulâncias equipadas com os recursos necessários. Estas ambulâncias são adaptadas para garantir que o transporte seja seguro e confortável, e que é proporcionado o acompanhamento adequado para as condições específicas de cada paciente. Ambula como a solução ideal para o transporte de doentes não urgentes Para quem precisa de um transporte não urgente, a Ambula oferece um serviço especializado de transporte que proporciona conforto e segurança em cada viagem. Se está a procurar uma solução prática e adaptada às suas necessidades de transporte, saiba que a Ambula está disponível para garantir a sua mobilidade, sempre com o cuidado e a atenção que um doente oncológico merece. O papel das instituições de apoio Organizações como a Liga Portuguesa Contra o Cancro desempenham um papel muito importante neste processo ao prestar apoio adicional aos doentes oncológicos, seja através da oferta de transporte, seja com outros tipos de assistência financeira e social. A LPCC, por exemplo, pode ajudar a cobrir custos com medicamentos, ajudas técnicas e transportes, proporcionando um apoio crucial em momentos difíceis. A Liga também colabora com os hospitais e outras instituições de saúde, ajudando a preencher lacunas no sistema e garantindo que os doentes tenham acesso ao tratamento e acompanhamento necessários. Partilhar:

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Apoio ao idoso. Medidas e benefícios para um envelhecimento digno

Envelhecer é um processo natural e, embora cada fase da vida traga novos desafios, a terceira idade não precisa ser sinónimo de solidão ou dificuldades.   Felizmente, em Portugal, existe uma vasta rede de apoios pensados para garantir que os idosos possam viver com dignidade, segurança e bem-estar. Seja através de apoios financeiros, serviços de saúde ou respostas sociais personalizadas, o objetivo é permitir que todos os idosos possam envelhecer com qualidade e manter a independência e um estilo de vida ativo.   Conheça, de seguida, os principais apoios disponíveis. Apoios financeiros Na terceira idade, ter segurança financeira é um pilar importante para uma vida tranquila. Desde pensões mensais a complementos extraordinários, Portugal dispõe de diversos apoios que garantem que os idosos possam viver com dignidade, mesmo quando os rendimentos diminuem após a reforma.   Pensão de velhice: aos 66 anos e sete meses, os cidadãos têm direito a uma pensão mensal – a conhecida “reforma” – para substituir o rendimento perdido ao deixar de trabalhar, desde que tenham, no mínimo, 15 anos de descontos para a Segurança Social Pensão social de velhice: para quem não tem descontos suficientes, existe uma ajuda financeira destinada aos idosos com rendimentos muito baixos Complemento Solidário para Idosos (CSI): um apoio mensal para idosos com baixos rendimentos, que também oferece benefícios adicionais na saúde como descontos em medicamentos, óculos, próteses dentárias e consultas médicas Suplemento extraordinário de pensões: apoio financeiro adicional concedido aos pensionistas com rendimentos mais baixos, para aliviar os encargos financeiros e garantir uma maior estabilidade económica. Complemento por cônjuge a cargo: casais com baixos rendimentos, onde um dos cônjuges receba até 44,61 euros Apoio social a emigrantes idosos carenciados: os idosos portugueses, com 65 anos ou mais, que residam no estrangeiro e se encontrem em situação de vulnerabilidade ou carência, podem ter direito a apoio social, que deve ser solicitado nos postos consulares Apoio social extraordinário ao consumidor de energia: os beneficiários do CSI podem pedir uma redução no preço da eletricidade e do gás natural, acumulando este desconto com a tarifa social. Apoios de saúde Se a segurança financeira é importante, a qualidade de vida na terceira idade passa também pela saúde. Quem recebe o CSI, por exemplo, tem acesso a um conjunto de benefícios que ajudam a reduzir os custos com a saúde e, deste modo, proporcionar um alívio nas despesas diárias.Entre os apoios disponíveis, destacam-se:   Despesas com medicamentos: recebe 50% da parte não comparticipada pelo Estado, aliviando o custo das receitas Compra de óculos e lentes: direito a 75% de comparticipação até 100 euros a cada dois anos, para garantir uma visão mais clara e confortável Compra ou reparação de próteses dentárias removíveis: o CSI cobre 75% da despesa até 250 euros a cada três anos, ajudando a cuidar da saúde oral Cheque-dentista: apoio adicional para tratamentos dentários. Os reembolsos são feitos após a apresentação da receita médica e do respetivo recibo no Centro de Saúde, sendo pagos juntamente com o Complemento Solidário para Idosos. Para pedir estes benefícios, será necessário apresentar uma declaração da Segurança Social que comprove o direito ao CSI no primeiro pedido. Apoios sociais A Segurança Social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) têm vindo a desenvolver uma vasta rede de apoios sociais para os idosos. Centro de convívio: promovem atividades sociais e culturais, que incentivam a participação ativa dos idosos e evitam a solidão, fomentando novas relações interpessoais Centro de dia: para idosos com 65 anos ou mais, os centros de dia oferecem apoio contínuo que estimula a autonomia, autoestima e adia a necessidade de uma institucionalização permanente Centro de noite: pensados para idosos que vivem sozinhos e sentem insegurança durante a noite, oferecem acolhimento noturno, proporcionando maior segurança e tranquilidade Centro de férias e lazer: a possibilidade de relaxar e conhecer novos lugares é fundamental para o bem-estar dos idosos. Os centros de férias oferecem momentos de descontração e convivência em grupo, ideais para quem tem autonomia Serviço de apoio domiciliário: para idosos com maior dependência, este serviço dá apoio nas tarefas do dia a dia como higiene, alimentação e cuidados domésticos Estruturas residenciais: oferecem alojamento coletivo para idosos, tanto de forma temporária quanto permanente, com ambientes adaptados às necessidades Acolhimento familiar: famílias preparadas para acolher idosos podem prestar apoio temporário ou permanente. Os apoios financeiros em Portugal são, sem dúvida, uma ajuda importante e, em comparação com muitos países, oferecem uma rede de suporte significativa. Mas, infelizmente, para muitos idosos, ainda não são suficientes para garantir uma vida sem preocupações. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de 400.000 idosos vivem com um máximo de 551 euros por mês, um valor muito abaixo do necessário para assegurar uma vida digna. Medidas mais recentes de apoio ao idoso Nos últimos anos, o governo tem vindo a implementar novas medidas para apoiar a população idosa. O destaque vai para o Estatuto da Pessoa Idosa, que promove a participação ativa dos idosos na sociedade, incentivando, assim, um envelhecimento mais digno e inclusivo.   Foi também aprovado um aumento significativo na comparticipação financeira para as respostas sociais destinadas aos idosos como lares e centros de dia, com um aumento de 3,5% no financiamento. Esta medida ajuda a aliviar os efeitos da inflação e a garantir o funcionamento contínuo destes serviços tão fundamentais. Como posso aceder a estes apoios? Para aceder a qualquer um destes apoios, é importante que os idosos ou familiares se informem junto da Segurança Social, das autarquias locais ou das IPSS da sua área. A maioria dos apoios pode ser pedida através dos balcões da Segurança Social ou nas Lojas do Cidadão, onde é possível obter orientações e preencher os formulários necessários. Partilhar:

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